quarta-feira, 31 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-31: 50 ANOS DA CAPELA DO ASILO SÃO VICENTE DE PAULO



A CAPELA DO ASILO
PADRE MARTINHO WIELAND
 
Hoje, na Festa de Pentecostes, o Bairro Norte da Cidade está em festa, pois, celebra-se  a solene inauguração da Capela deste Bairro, a Capela do Asilo. Graças à colaboração dos senhores Fazendeiros, do povo em geral, e, com grandes contribuições do Douradense, residente em São Paulo, Sr. Waldemar Simoni de Dourado, com relativa rapidez pôde ser construída essa Capela. O povo patenteou mais uma vez a sua grande generosidade e amor a Deus e a Igreja. E aí está a Capela, pronta para a inauguração no dia de hoje, completamente equipada para a celebração da Santa Missa e outras cerimonias religiosas. Permitam-me citar somente o Altar no seu estilo moderno e artístico, o Sacrário, bonito e muito precioso, tudo modelado conforme as normas da Nova Constituição da Sagrada Liturgia.
É verdade, faltam ainda algumas coisas, como por exemplo, o sino para chamar às cerimonias, o piso ladrilhado, a pintura definitiva interna, o grande lustre central para a iluminação da Capela. Mas temos a certeza que a generosidade do povo douradense não deixará faltar, por muito tempo, tais retoques finais. Agora, um ou outro poderia perguntar: Para que essa Capela? Qual a finalidade dela? É claro, em primeiro lugar, para facilitar a devoção dos velhinhos asilados e das Religiosas que esperamos em futuro breve. Mas só por este fim, a Capela seria grande demais, pois, este templo já não pode ser chamado  mais "Capela", mas sim, é uma verdadeira "Igreja", com maior capacidade do que certos lugares, a própria Matriz! No mundo moderno, tudo tende a "Descentralização", e também a Igreja não fica alheia a este movimento. Assim que hoje em dia foi abandonado o antigo sistema querer construir uma gigantesca e suntuosa Matriz, com dificuldade para o povo distante da Matriz em cumprir suas obrigações religiosas, mas a tendência é construir Igrejas menores e simples nos vários Bairros da Cidade, para facilitar ao povo fiel as suas devoções. E aqui está a verdadeira finalidade desta Igreja no Bairro Norte da Cidade, este bairro já populoso e em franca expansão. Com esta Igreja, Deus estará também no meio deste Bairro, facilitando ao povo que mora distante da Matriz a assistência a Santa Missa e outras cerimonias religiosas. E assim, todos congratulamos com a visão bastante larga da Diretoria do Asilo que insistiu em construir - apesar de todas as dificuldades - esse templo amplo e não só uma Capelinha pequena e obscura. Também o querido e Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano - que lamentou muito, por força maior hoje não poder estar presente entre nós - do começo mostrou vivo interesse na construção deste templo, envia ao povo de Dourado as suas mais calorosas felicitações para este feito e se dignou elevar o templo a "Capela Pública" com direito a guardar nele o Santíssimo Sacramento e oficiar, fora a Santa Missa, também outras cerimonias religiosas, como por exemplo, Casamentos, e dando-me a faculdade de funcionar como Capelão da Capela, com todos os direitos canônicos. E aí está agora a nossa nova Igreja, orgulho do povo de Dourado, no seu estilo moderno e acolhedor e com sua cruz luminosa  chamando longe na noite o seu "Sursum Corda", "Corações ao alto"! Convidamos o povo deste Bairro Norte da Cidade prestigiar muito sua nova Igreja, aproveitando a nova facilidade em assistir as Santas Missas que serão celebradas todos os domingos e dias santos às 9,00 horas e, nos dias de semana - por enquanto - nas segundas, quartas e sextas-feiras às 19,00 horas e às Confissões no sábados às 19,00 horas. Convidamos o povo deste bairro formar uma viva Comunidade de fiéis em redor da nova Capela; não deixar - em passar pela Capela - fazer uma pequena visita ao Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento, para maior glória de Deus e a salvação das nossas almas. 

JORNAL DE DOURADO-Nº295-ANO VI-DOURADO, 14 DE MAIO DE 1967

ASILO e CAPELA - 1968
 

"Uma Capela que tem uma história"
 
LAVISE B.BUZÁ FANTINI
 
Estava construído o Asilo de amparo à velhice.
José Buzá, fundador e presidente do Asilo, realizou essa Obra com terras doadas por Sebastião A. Malheiro e planta executada pelo Engenheiro Luiz Antônio F. Malheiro.
Pronta a parte material de abrigo aos idosos, José Buzá reflete que era necessário uma ação também espiritual. Vem a ideia de um local, uma Capela. Que tipo de Capela? Só para os asilados ou também para a comunidade?
Um dia, indo a Jaú, viu da estrada, uma capela diferente que lhe chamou a atenção.
Vai até ela e vê que é oitavada, com uma estrutura de madeiramento de telhado que era belíssima e nunca tinha visto. Enamora-se da capela e decide que essa seria a Capela do Asilo.
Atitudes tomadas
Sebastião Malheiro estende o espaço e Dr. Luiz Antônio F. Malheiro responsabilize-se. 
Amigos douradenses de São Paulo, salientando Valdemar Simoni de Dourado, garantem a construção.
Faltava a maneira de executar o madeiramento. José Buzá leva os carpinteiros de Dourado, para estudarem o processo  na Igreja da estrada. São eles, os ferroviários: Sebastião Struziato, João F. Casadei (Dodinho), Armando Truzzi, Anézio Castilho, Lair Lozano, Renato Bonetti(Grilo) e com grande ajuda de Antônio Bassi, todos voluntários.
A competência falou alto, realizaram dentro da necessidade e até hoje é digno de ser visto.
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 




 



FESTA DE 1974 - PADRE ANTONIO CHIZZOTTI




FESTA DE 1992 - PADRE JOSÉ ANTONIO
 
 

Capela de São Vicente de Paulo e Santa Catharina




 

 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-30: BANDA MARCIAL DE DOURADO-1969


BANDA MARCIAL DE DOURADO - 1969
 

  ESCOLA NORMAL E GINÁSIO ESTADUAL DR. SALLES JÚNIOR - DOURADO/SP

Era 9 de novembro de 1969, milhares de jovens encontravam-se em Bauru, Estádio Alfredo de Castilho, para participarem do Concurso de Bandas Marciais a nível estadual. Cada uma delas com mais ou menos 100 integrantes.
E a nossa Banda também estava lá, para conquistar entre as Bandas mais famosas do Estado de São Paulo, o honroso 2º lugar.
Depois de muito ensaio, muita dedicação, a caravana dirigiu-se de Dourado para Bauru, em dois ônibus alugados, para conquistarem com muita amor e empenho  o 2º lugar .
Integrantes da Banda Marcial de Dourado:
01 - ANTONIO MONTEIRO NOVO-Chefe da Delegação
02- ENÉAS GONÇALVES "TANAKA"- Maestro
03- JOAQUIM FEREIRA GOULART "Seu Quinzinho" - Apoio
04- ANTONIO SPERANZA "Seu Totó" - Apoio
05- MARIA APARECIDA MENIN PANZA" Dona Cidinha"-Colaboradora
06- LUZIA PANELLI BALDIM- Colaboradora
07 - EDSON LUIZ BOSCHI
08- RENÊ MUNHOZ
09- CEZAR JOSÉ D'AVOGLIO "Cesão"
10- EDMAR MONTERIO FILHO "Marzito"
11- JAIR AUGUSTO DOS SANTOS "Mengalvio"
12- MIGUEL GIUDICISSI FILHO "Bibo"
13- JOÃO ROBERTO FOSCHINI "Kisco"
14- HEITOR PELAES
15- CARLOS GUILHERME MONTEIRO NOVO "Méme"
16- ANTONIO ALEXANDRE BACELAR BUSTO "Bustinho"
17- MILTON ANTONIO BUENO "Nenê do Cartório"
18- JOSÉ FRANCISCO VERNALIA "Titão"
19- ADAMASTOR TEIXEIRA COSTA
20- JOSÉ CRALOS ALVES "Carlos Tucaia"
21- LUIZ CARLOS MIRANDOLA
22- SEBASTIÃO DAGOBERTO ADELINO "Tiãozinho"
23- EDERVAL JOÃO GONÇALVES "Darjão"  
24- EDMIR HENRIQUE GONÇALVES "Demir Pitanga"
25- ANTONIO CARLOS BASSI "Tatim"
26- LUIZ ANTONIO ALVES "Ninho Tucaia"
27- ANTONIO ANGELO SPERANZA "Toninho"
28- MARCIO GIUDICISSI
29- ANTONIO CARLOS ROSSI
30- AMILTON FERREIRA GOULART "Miltinho"
31- ANGELO JOSÉ PESCUMO DONATO
32- RUI BERTUCCI
33- ANTONIO GALVÃO MARTINS
34- AFRANIO JOSÉ DONATO "Pereréco"
35- EVANDRO LUIZ MUNHOZ
36- EDMUR PEREIRA BUZZÁ "Edmurzinho"
37- JOSÉ D'ANGELO "Zeca"
38- EDSON JUSTI "Justinho"
39- ANTONIO LUCIANO CARLI
40- JOSÉ SEVERINO FILHO
41- LUIZ AUGUSTO BRAGA "Tuchinha"
42- RICARDO DE LUCCAS
43- RONALDO D'ABRUZZO "Lee"
44- ANGELO FOSCHINI "Lino"
45- GERALDO DA SILVA BRAGA "Gerardão"
46- JOSÉ ANTONIO D'ANGELO "Tuça"
47- GERALDO CHABARIBERI (Rib.Bonito)
48- MANOEL BARBOSAA "Néco" (Rib.Bonito)
49- JOÃO SOARES (Rib. Bonito)
50- MARIA CECILIA FERRARI
51- LAIRSE PESSAN
52- MARIA DE LOURDES MACARI
53- NEUZA LEAL CABRERA
54- IRANY DE MOURA TAVANO
55- SYLVIA MUNHOZ
56- EDNA MARTA GOULART "Martinha"
57- MARIA INÊS PASQUALE
58- ROSA LUZIA SPERANZA
59- LUCENIRA CAMARGO
60- AURENICE PALOSCHI "Nice"
61- ASSUNTA HELENA B. MARTINS "Tilena"
62- MARIA DE FATIMA MARTINS
63- MARIA CELIA BOSCHI
64- SONIA APARECIDA ROSSI
65- DAGMAR MARIA GERALDO
66- ANA MARIA PALOSCHI
67- NEIDE MARY TAVANO
68- MARIA JOSÉ FONTANA "Zezé"
69- ANA MARIA MIRANDA
70- RITA DE CÁSSIA G. MACARI
71- SUELY FERRAZ BRAGA
72- SELMA APARECIDA ROSSI
73- FATIMA REGINA MONTEIRO TAVANO
74- CREUZA LUZIA G. DOS SANTOS
75- NERCI DE LOURDES MARQUES
76- LUZIA SEVERINO
77- JURANDYR SILVESTRE PEREIRA "Dicão"
78- ANTONIO FINHANA FACHINI
79- JOSÉ CARLOS MACARI "Pico"
80- HILÁRIO ATILIO RAFAEL "Pózinho"
81- ZILDA RAFAEL
Jornal: INFORMATIVO MUNICIPAL-Nº06-ANO I-DOURADO, 19 DE MAIO DE 1990

 

 
 
 
JORNAL DA CIDADE-Nº644-ANO III-BAURU, 11 DE NOVEMBRO DE 1969

"Apesar do mau tempo, que impediu a presença de publico mais numeroso ao Estádio Alfredo de Castilho, o I Festival de Bandas Marciais, realizado domingo, correspondeu inteiramente à expectativa".
DESFILE E CLASSIFICAÇÃO
Participaram do concurso as cidades de Marilia, Dourado, Lençóis Paulista, Pirajuí, Jaú e Bauru.
Após a exibição de todas as bandas, recebidas com aplausos entusiásticos do público, a comissão julgadora apresentou o seguinte veredicto:
Campeã : BANDA MARCIAL CRISTO REI, de Marília
2º Lugar: BANDA MARCIAL DE DOURADO
3º Lugar: BANDA MARCIAL DO COLÉGIO GUEDES DE AZEVEDO, Bauru
4º Lugar: BANDA MARCIAL DA ESCOLA INDUSTRIAL DE PIRAJUÍ
5º Lugar: BANDA MARCIAL INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE JAÚ
6º Lugar: BANDA MARCIAL INSTITUTO DE EDUCÇÃO DE LENÇÓIS PAULISTA

 

 
 
 DIÁRIO DE BAURU-Nº7.416-ANO XXII-BAURU, 11 DE NOVEMBRO DE 1969

" Domingo pela manhã, no Estádio "Alfredo de Castilho", a Banda Marcial Cristo Rei de Marília, conquistou o 1º lugar merecidamente no I Festival de Bandas Marciais de Bauru, promovido pela Associação de Pais e Mestres do Ginásio Estadual "Antônio Xavier de Mendonça", em colaboração com a imprensa falada e escrita de nossa cidade e Secretaria de Turismo de Bauru e São Paulo. A referida Banda somou 408,5 pontos, vindo em 2º lugar a Banda Marcial do G.E.E.N. Salles Júnior de Dourado, com 371,5 pontos; 3º) Colégio Gudes de Azevedo de Bauru, 363 pontos; 4º) Banda do G.I.E de Pirajuí, 356 pontos; 5º) I.I. de Jaú e finalmente a Banda do C.E.N Virgilio Capoani de Lençóis Paulista."


 
 
 

 
 
 
 





















BANDA MARCIAL DE DOURADO, orgulho da Cidade Coração.
 
 
 
 
 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-29: NOSSA HISTÓRIA IV


   AS PRIMEIRAS DENOMINAÇÕES     
DAS RUAS DE DOURADO
 
Quando da emancipação de Dourado, em 19/05/1897,  as ruas da Vila de São João Baptista de Dourados, identificadas através das primeiras escrituras dos imóveis que faziam parte do patrimônio, eram assim conhecidas: RUA DAS FLORES, RUA DO COMMERCIO, RUA TREZE DE MAIO, RUA DO FOGUETEIRO, RUA DOS PEREIRAS, RUA ANTONIO ALVES, RUA VINTE E QUATRO DE JUNHO, RUA PRUDENTE DE MORAES, RUA SÃO BENEDICTO, RUA DO CEMITÉRIO  e RUA BENEDICTO BUENO
As primeiras denominações oficias foram as seguintes:
 
LEI Nº4
 
Artigo 1º - Ficam as actuaes ruas da Villa denominadas "RUAS e AVENIDAS" numeradas da forma seguinte: As ruas que presentemente correm parallelas com a actual Rua das Flores denominar-se-hão "AVENIDAS" e as travessas desta "RUAS".
A numeração das avenidas, começará na actual Rua Antônio Alves que passará a denominar-se "AVENIDA Nº1" e assim em seguida até a ultima.
A numeração das ruas começará na actual Rua do Commercio que se denominará "RUA Nº1" e assim por diante até a ultima.

Artigo 2º- Revogam-se a disposições em contrario.
Mando portanto a todas as authoridades a quem o cumprimento desta lei pertencer que a cumpram e façam executar tão inteiramente como nella se contem.
Paço da Camara Municipal de Dourado, aos 24 de Dezembro de 1897
Eu Henrique Guinther, Secretario interino do Governo Municipal a escrevi
MAXIMILIANO DE OLIVEIRA SAMPAIO, Intendente Municipal
Era o que se continha na lei supra, fielmente transcripta por mim Henrique Guinther
Registrada e publicada hoje.
Dourado, 24 de Dezembro de 1897
Henrique Guinther
 
-§-§-§-§-§-§-§-§-§-§-§-§-§-§-§-
 
Em 1904 foram alteradas novamente, algumas mantêm o nome até hoje:
 
O cidadão Capitão Calmelio Caldas, Intendente Municipal da Villa de Dourado etc.
Faz saber que a Camara Municipal decretou e eu promulgo a seguinte
 
LEI Nº9
 
Art.1º-  Ficam as ruas e avenidas desta Villa, denominadas em numero de ordem, determinadas da maneira seguinte: Avenida 1, chamar-se-á RUA DAS FLORES; Avenida 2, RUA SETE DE SETEMBRO; Avenida 3, RUA DR. MELLO PEIXOTO; Avenida 4, RUA DO COMMERCIO; Avenida 5, RUA MARECHAL FLORIANO PEIXOTO; Avenida 6, RUA TREZE DE MAIO.
As Ruas que até então conservavam em numero de ordem, ficam determinadas da forma seguinte: Rua nº1, chamar-se-á BERNARDINO DE CAMPOS; Rua nº2, BARÃO DO RIO BRANCO; Rua nº3, SÃO JOÃO; Rua nº4, TIRADENTESRua nº5, QUINZE DE NOVEMBRO; Rua nº6, SANTOS DUMONT; Rua nº7, SILVA JARDIM; Largos ficam determinados da maneira seguinte: Largo da Estação, Praça Benedicto Bueno, Largo da Matriz, e Largo do Jardim.

Art.2º- Revogam-se as disposições em contrario.
Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento desta pertencer que a cumpram e executem tão inteiramente como nella se contem.
Sala das sessões em 5 de Fevereiro de 1904.
Nada mais se continha na lei supra, registrada.
Secretaria da Camara Municipal da Villa de Dourado, em 5 de Fevereiro de 1904
O Secretario
RODOLPHO DOMINGUES DE ASSUMPÇÃO

 
 No inicio "RUA DO COMMÉRCIO", depois "RUA Nº1".
"RUA BERNARDINO DE CAMPOS"
 
 
 

 



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
                                       

quarta-feira, 24 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-28: NOTAS ESPORTIVAS 3


 
ATHLETICO CLUB DE DOURADO                                   
EM  RIBEIRÃO BONITO - 1916
 
Com uma bellissima tarde e uma assistência selecta e numerosa, realizaram-se domingo passado no campo do "Ribeirão Bonito", conforme noticiamos, dois "matchs" de "foot-ball", entre os 1ºs e 2ºs "teams" do nosso SPORT CLUB e os do ATHLETICO CLUB DE DOURADO.
A's 3 horas, acompanhados da banda feminina "Regente Feijó" e da "Italo Brasileira" local, que muito concorreram para o brilhantismo com que se realisou a festa sportiva beneficiente, os nossos hospedes, já uniformizados, desceram para o campo.
Logo a seguir teve inicio o jogo dos 2ºs teams, que deu em resultado um empate de 0 a 0.
Terminado esse "match", entraram em campo as duas primeiras equipes, acompanhadas pelo sr. Jacob Milharcix que, tendo agido correctamente como referee no match dos 2ºs teams, fora escolhido para igual cargo, posto de confiança no match dos 1ºs.
Nós que nutríamos alguma esperança em nosso 1º team, sabendo-o, a ultima hora, desfalcado de treis de seus bons elementos, ficamos apavorados e desanimamos.
Faltava o goal-keeper, o nosso conhecido Nenê Alves, que adoecera na véspera. Faltavam mais um half-back e um forward que foram substituídos por jogadores do 2º team. A sova seria inevitável, pensamos nós, e muito resignados nos dispuzemos para assistil-a.
Assim, porém, não aconteceu. Os nossos jogadores portaram-se muito bem. Desenvolveram um jogo rápido e uma combinação segura, esqueceram-se dos driblings tão prejudicaes ao jogo e obtiveram a merecida recompensa de seus esforços.
Nossa previsão foi desmentida e a victoria coube ao nosso Sport Club Ribeirão Bonito, pelo score de 4 a 1. 
Momentos depois de iniciado o jogo, Fioravanti aproveitando uma rebatida em falso de um dos back de Dourado, chuta forte, com precisão e rapidez, marcando o primeiro goal para Rib. Bonito.
Logo a seguir, registra-se um corner contra os Douradenses.
A bola, magnificamente batida por J. Prado, vem ter à cabeça de nosso center-half e pela segunda vez vara o goal adversário.
Já estava quasi a terminar o 1º tempo quando Fioravanti, a poucas jardas do goal adversário com muita calma e sem ambição, faz um magnifico passe ao nosso center-half que ainda mais uma vez vasa o goal dos Douradenses.
Assim terminou o primeiro half-time.
Os nossos vizinhos pareciam ressentir-se de falta de training. A sua linha de forwards jogou desorientadamente, sem a menor combinação e muita preocupada com a defeza, o que nos parece péssima tática.
Alem do mais, o vento que soprou forte durante o 1º tempo e a falta de habito de jogar em campo grammado, tudo concorreu para o insucesso dos Douradenses.
Após o descanço regulamentar, o juiz deu inicio ao 2º half-time. Durante esta segunda parte do jogo, registraram-se mais dois goals. Luisinho, back do Ribeirão Bonito, querendo interceptar com a cabeça, uma bola shootada de longe, o faz com tanta infelicidade que a envia para o seu próprio goal, marcando assim o único goal para os Douradenses.
Finalmente, Zezé, quasi ao terminar o jogo, aproveitando um bom centro vindo da direita, marca o 4º e ultimo goal para o Ribeirão Bonito.
Do Athletico C. Douradense destacaremos, e, 1º logar o center-half, optimo foot-baller, ágil, firme e delicado. Em 2º plano salientaremos um dos backs e extrema direita.
Do Ribeirão Bonito, com umas duas excepções, todos jogaram bem. Mereceu, porem, especial menção, Fioravanti, Luisinho e Leoni.
Quanto ao juiz, só teríamos louvores a tecer-lhe, apezar de alguns senões inevitáveis, se não fora um penalty mal forjado, quasi no final do jogo, o que veio nublar, em parte, a bôa harmonia e camaradagem que reinou durante todo o jogo. Felizmente que os sportmam de Dourado não quizeram aceitar o goal de favor e, muito propositalmente bateram para fora do goal o penalty arranjado a ultima hora.
Após o match, os nossos hospedes recolheram-se ao Hotel D'Oeste, onde lhes foi servido um modesto jantar. Por essa occasião, falou, em nome do Ribeirão Bonito, o sr. Justiniano Alves Delfino, sendo a saudação respondida pelo sr. Aristóteles Rocha, em nome do Athletico Douradense.  

CORREIO D'OESTE-NUM.109-ANNO II-Ribeirão Bonito, 12 de Julho de 1916.
Gentileza do Sr. ANTONIO ALICIO SIMÕES.
Reportagem do jogo da volta, retribuindo a visita que foi feita em Dourado em Outubro de 1915, jogo este com publicação em Notas Esportivas, neste blog(Nº02), em 09/03/2017.



 
 
 
 

terça-feira, 23 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-27: ROUBAM A BELEZA DO JARDIM !



ROUBAM A BELEZA DO JARDIM !

"Embora esteja escrito: é proibido colher flores, é inútil para o vento, que não sabe ler".
Mas, não é o vento que está colhendo flores no nosso jardim. Alguém está roubando a sua beleza.
Nunca se soube da existência de um ser humano, em perfeitas condições mentais, que não amasse as belezas que nos legou a natureza, que não tenha aspirado o suave perfume emanado das flores ou o sonoro rumor da água brotada da fonte nunca o tivesse ouvido.
No entanto, hoje se sabe da existência de seres humanos que têm desrespeitado as lindas flores.
Elas, as responsáveis pelos multicolores buquês, estão sendo violadas. O carinho dispendido no seu cultivo, no seu desabrochar, é cruelmente esquecido pelas mãos que as arrancam de suas árvores. Se o fizessem para utilizá-las, não deploraríamos.
Puramente a fazem para vê-las murchas, estiradas ao chão, inertes. Nem o vento, que não sabe ler, as quer mais.
Os vândalos destruíram-nas como se fossem meros atavios. Desprezaram-nas, esquecendo que um dia elas estarão ao seu lado...
A Educação paterna, a intelectual, desses elementos, não aparenta ser muito extensa. Apenas por ser malvado ou afim do vento podem tais pessoas cometer semelhante crime.
Basta imaginar um jardim embevecendo o olhar, exalando inebriantes olores, purificando o ar que respiramos, para verem vocês, que impiedosamente destroem as flores, o quão celerados são.
É suficiente refletir para não tocar, sequer, na flor. Se se fôr como o vento... as autoridades coibirão os abusos que, a propósito, já fazem por determinar uma severa admoestação dos pais, pois ainda há tempo de se evitar complicações.
Mas, àqueles que têm arruinado as instalações sanitárias, sujando os bancos, lhes resta mais que uma admoestação: pagar os danos causados e ser privado da companhia dos seres inteligentes.
WS
 
JORNAL DE DOURADO-Nº291-ANO VI-DOURADO, DOMINGO, 16 DE ABRIL DE 1967
 
 
José Natalino Fazan e sobrinhos na grande atração que era a
Fonte Luminosa da Praça São João.
Foto da Família José Gonçalo Pasian


sexta-feira, 19 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-26: PARABÉNS DOURADO "III"


D O U R A D O  -  1 9  D E   M A I O
FELIZ ANIVERSÁRIO
 
Que este ano seja para você, minha querida Dourado, bem movimentado e que o progresso lhe sorria mais e mais.
Dourado é para mim algo mui querido, pois foi sob o seu límpido e azulado céu que nasci e sobre esta terra acolhedora cresci e tornei-me adolescente. É ela ainda que nos dá este ar puro e o frescor das tardes ensolaradas.
Dourado, palavra jamais esquecida pelos seus devotos filhos já ausentes, que mostram seu amor nas ocasiões de férias quando podem abandonar seus empregos por alguns dias, correm para cá, buscando em seu seio materno um pouco de carinho e descanso.
Dourado, mais uma vez "Felicidades" e que esta data se repita cada vez com mais sucesso.
"Felicidades"  
 
MARIA JOSÉ PEREIRA MIRANDA
JORNAL DE DOURADO-Nº302-ANO VI-DOMINGO, 25 DE JUNHO DE 1967

CASA DOS PAPÉIS-25: PARABÉNS DOURADO "II"



À MINHA TERRA NATAL
 
Neste 19 de Maio de 1968, mesmo daqui, tão distante, quero elevar meus pensamentos bem ao alto, e festejar-me, desejando a você Dourado seja sempre uma janela aberta para um mundo tão ávido de paz e amor.
Nesta grande data estou distante de você, mas não posso esquecê-la, porque sou um dos seus muitos filhos, que nesta hora sente-se feliz em ver você sorrir para mim neste grande dia, em lembrar esta terra onde dei os meus primeiros passos, onde comecei a amar a vida e sentir o amor ao próximo.
Quero pedir a Deus que a cubra sempre com o manto sagrado cheio de paz e amor; e os meus mais sinceros votos perenes de felicidade e saudade, deste seu filho que tão longe está. Com você estarei, na gloria e na adversidade.
Ufano-me do seu progresso, de Dourado meu rincão natal, cidade coração, joia de São Paulo. 
 
PASCHOAL NOBERTO D'ABRUZZO (Presidente Prudente)
JORNAL DE DOURADO-EDIÇÃO ESPECIAL-DOURADO, 19 DE MAIO DE 1968
 
 
 

CASA DOS PAPÉIS-24: PARABÉNS DOURADO "I"



SINGELA HOMENAGEM À DOURADO
 
Hoje é seu dia torrão querido!
É o seu dia, querida Dourado!
Que todos, por toda a vida
Tenham seu nome gravado!
 
Nas mais longínquas cidades,
Por mais longe que esteja,
Se em Dourado nasceu,
Voltar, é o que mais se deseja!
 
E aquela escolinha singela
Que só o bem nos legou,
Bendita seja ela!
Pois para a vida nos preparou!
 
E este Ginásio saudoso,
Onde tanta alegria tivemos,
E tão tristonhos deixamos
As benções do Todo Poderoso,
Ardentemente clamamos!
 
Aqui temos os nossos lares
Aqui do trabalho vivemos,
Que todos vivam felizes
E alegres cantos entoemos.
 
Que Deus e o anjos celestiais
Entoando musicas divinas
Abençoe a nossa Dourado
Cidade tão pequenina.
 
 
SANDRA DOMENICONI
"O VAIVEM"-Nº2-ANO I-DOURADO, MAIO DE 1962
Periódico do Grêmio 19 de Maio da "ENGE Dr. Salles Júnior"
 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-23: JORNAL DE DOURADO - 1967

 
 
 
D O U R A D O
 
Cidade pequenina
Como tantas outras!
Muitos a julgam
Feia e sem graça
Mas para mim ela é diferente
É a minha cidade.
 
Nela nasci, brinquei...
E viverei sempre
mesma não estando aqui
Lembrar-me-ei deste nome
Que brilhará sempre: DOURADO!
 
Vanda Catarina Pereira dos Santos
3º ano normal
 
********************************
 
MINHA QUERIDA DOURADO
 
Tão pequenina, é a nossa cidade! Mas há aqui pessoas boas de família honesta.
A cidade é mais ou menos quadrada, tem ruas largas e bem divididas; há também a rua do comércio, a única que possui calçamento.
Nela há duas pracinhas, muito bem cuidadas e bonitinhas onde os jovens, velhos casais, crianças douradenses passam as tardes dos feriados; passeiam por elas durante a noite, dando maior alegria a cidadezinha. Jovem ainda, completará mais um ano de vida no dia 19 de maio, no qual haverá mil e uma comemorações em sua homenagem.
Terá ela então setenta anos, de existência.
Dos municípios vizinhos, é uma das mais novas, tem as fazendas pitorescas, melhor ornamentadas, onde há plantações colossais.
Inclusive o café cultivado aqui e escolhido, selecionado para ser mandado ao exterior, o que é uma grande honra para nós moradores.
Existe também em um canto, um lindo panorama ornamentado com uma piscina muito bonita que os habitantes estão ativamente frequentando; na parte temos desde o primário até o curso normal, escolas que funcionam em dois prédios que dão mais um toquezinho na cidade.
Dourado, é bela, tem lindos pores-do-sol, os quais são doirados dando ai um dos significados do nome.  
Finalizando, nela reina agora, a amizade entre todos, o que irá contribuir muito para que esta futuramente seja melhorada e muito procurada por todos.
 
Maria Helena Monteiro 
 
**********************************
 
JORNAL DE DOURADO-Numero Especial de Aniversario-DOURADO-1897-1967
70 ANOS
 
Foto de 1972 - Expansão do perímetro urbano: Jardim Paulista(Vila Seca) e Vila São José.
Ainda com o Campo de Aviação(atualmente Jardim Aeroporto)
Foto: Família Moacyr Penteado Toledo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



 
 
 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
 
 

sábado, 13 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-22: HINO DO MUNICIPIO DE DOURADO



Lei Nº 865
  (De 08 de Maio de 1.997)
Dispõe sobre a instituição do "HINO DO MUNICÍPIO DE DOURADO".-
Dr. Idio Carli, Prefeito Municipal de Dourado, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:
Artigo 1º - Fica instituído o "HINO DO MUNICÍPIO DE DOURADO", um de seus insignes símbolos. Letra: MILTES BUENO GALASSI - Musica: RODRIGO TADEU BELLOTI DA COSTA
Paragrafo Único - a Letra do Hino, assim se compõe:-
Quando em tempos distantes
Em que os bravos Bandeirantes
Desvendavam os sertões...
Buscavam pedras preciosas.
Atrás de si uma clareira
Aberta na trilha aventureira,
Principio de civilização:
Solitárias choupanas levantadas,
Aos poucos eram habitadas
Surgindo a população!!!
(Refrão)
Se a vida é um régio presente,
Que o Senhor tão generosamente
Concede a todos os filhos seus
Nossa querida Dourado,
Nascer no teu solo amado,
Privilégio dado por Deus!
 
Sem sentir foi crescendo...
O povo então foi requerendo
De um padroeiro a proteção:
Veio São João Batista dos Dourados
Mas o vizinho Bebedouro
Instava para si o logradouro
Foi lá que no inicio se instalou
Pois o santo, conforme diz a lenda
Por conta decide essa contenda.
Então Padroeiro se tornou!
(Refrão)
Se a vida é um régio..
 
Assim a cidade que cresceu
E tantas belezas recebeu,
Até a ferrovia que partiu...
Agora a lembrança permanece
Chegado o fim da jornada,
E a nossa missão já terminada
Enfim a hora de partir...
Deus conceda repouso neste abrigo
No chão amado tão amigo
Para sempre o seu calor sentir.
(Refrão)
Se a vida é um régio...
Artigo 2º - O Hino de que se trata o artigo anterior, tem a seguinte interpretação:-
Paragrafo 1º - Quando em tempos distantes : traduz a memoria retroativa dos douradenses, passada aos descendentes e transmitida a geração presente.
Paragrafo 2º- Em que os bravos bandeirantes : há a alusão pejorativa do povo, aos indômitos paulistas que venciam os perigos, conquistando a soberania das matas.
Paragrafo 3º- Desvendavam os sertões : refere-se ao espirito desbravador dos bandeirantes, em busca de riquezas, no afã do descobrimento das terras ainda desconhecidas dos homens.
Paragrafo 4º- Buscavam pedras preciosas : revela a meta principal da ação das bandeiras, que intrepidamente, enfrentavam as vicissitudes a ameaça dos perigos existentes no interior da mata, em busca de pedras preciosas, as famosas esmeraldas, verde esperança a iluminar, os seus rudes corações.
Paragrafo 5º- Atrás de si uma clareira : alude ao ponto referencial, onde os pioneiros fincavam os seus estandartes de posse, demarcando os limites da área, de distancia percorrida, uma espécie de bussola de orientação, de localização.
Paragrafo 6º- Aberta na trilha aventureira : era o caminho que criava, em meio a mata densa na busca de um local perfeito em que se pudesse montar um posto avançado de visualização que pudesse controlar todo o território adjacente, toda a extensão ao derredor, e por isso, por se situar no alto de uma colina, foi escolhido uma gleba terra tão bela, tão majestosa, impregnada da fragrância das mais perfumadas flores silvestres e do canto mavioso, dos pássaros de rica e variadas plumagens, encantam a alma daqueles bravos heróis que a ela se renderam, iluminada pelo sol da Divina Providencia, que é hoje e sempre, a abençoada, terra de Dourado!...
Paragrafo 7º- Principio de civilização : Prosseguindo na jornada, os bandeirantes iam deixando a sua retaguarda, sinais de sua passagem, induzindo a aproximação dos primeiros ocupantes - o caboclos que também se aventuravam pelo sertão.
Paragrafo 8º- Solitárias choupanas, levantadas : eram abrigos que se erguiam a passagem dos desbravadores, forçados pelos agregados que empunham  as comitivas e pelos guias quando os antecedia, no adentrar das florestas.
Paragrafo 9º- Aos poucos eram habitadas : Os caboclos, iam se arranjando, nas primitivas choupanas, erguidas e juntadas apegadas uma das outras, a guiza de um improvisado povoado, propiciando a eles, uma aproximação.
Paragrafo 10º- Surgindo a população : Assim, a presença humana, deu a aldeia a que se formava, a feição de uns pequenos aglomerados, as características, de um cidade em expansão!...
Paragrafo 11º- Se a vida é um régio presente : Personifica a conscientização da dádiva Divina. O presente da vida, dons inigualáveis, que só o Senhor, Soberano do céu e da Terra pode conceder.
Paragrafo 12º- Que o Senhor tão generosamente : Reverencia a magnanimidade e a condescendência que o amor de Cristo prodigaliza.
Paragrafo 13º- Concede a todos os filhos seus : Destaca a imparcialidade e a justiça Divina, no conceder a mesma graça Meritória na igualdade dos seres humanos, feitos a sua imagem!...
Paragrafo 14º- Nossa querida Dourado : Expressão máxima de carinho, do sentido de propriedade e integração absoluta, na identidade natal, no orgulho incontido dos douradenses em relação a sua terra!...
Paragrafo 15º- Nascer no teu solo amado : Ato de louvor, de regozijo, chamado no peito a suprema ventura de seu filho deste chão!...
Paragrafo 16º- Privilégio dado por Deus : Reconhecimento da incomensurável doação Divina do Criador de todo o Universo, concedendo-nos, a todos os douradenses, o premio e a benção de haver nascido aqui, e de ter berço, a terra santa, que Ele, nos reservou!...
Paragrafo 17º- Sem sentir foi crescendo : Sem que os seus habitantes se dessem conta, o povoado se estendeu, evoluiu, principiou a se fazer presente...
Paragrafo 18º- O povo então, foi requerendo : A população inteirada, da quantidade evolutiva, do aumento das pessoas, da fixação dos moradores, houve por bem e de direito, fazer valer, as suas reivindicações religiosas...
Paragrafo 19º- De um padroeiro a proteção : O Brasil na sua ausência, como um país de tradição cristã, não dispensa, o seu povo as bênçãos  e o protecionismo de um santo de sua devoção..
Paragrafo 20º- Veio São João Batista dos Dourados : São João Batista, o Precursor que veio em premissa, anunciando a vinda do Messias, foi escolhido como protetor, prenunciando uma aurora de paz a população que se formava, e um identificação ao rio volumoso e rico, que banhava os seus limites e na fertilidade dos peixes, que abrigava em seu leito, e numa espécime, em particular, por ostentar nas escamas brilhantes o dourado cintilante de ouro, juntou-se com o fato de identificação, elegendo a origem do Santo!...
Paragrafo 21º- Mas, o vizinho Bebedouro : Refere-se a rivalidade existente entre os dois povoados, disputando a posse da imagem...
Paragrafo 22º- Instava para si o logradouro : Se atento para a resistência dos outros sertanejos, como os daqui tentando conservar o Santo.
Paragrafo 23º- Foi lá que no inicio se instalou : Alegavam que a imagem pertencera antes ao povoado do Bebedouro, exigindo sua permanência.
Paragrafo 24º- Pois o Santo, conforme diz a lenda : São João Batista era apontado como o mais polemico dos apóstolos de Jesus, absoluto nas decisões.
Paragrafo 25º- Por conta, decide essa contenda : Justificando a fama São João Batista resolve o impasse criado pela intransigência dos seus fiéis e num impulso, se translada, por conta própria, segundo relato dos moradores da época e toma posse de sua paroquia, fato nunca explicado, mas justificado e aceito pelo povo.
Paragrafo 26º- Então, padroeiro se tornou : Enfim, resolvida a questão, os lugarejos irmanados, como verdadeiros cristãos, se uniram para louvar o Padroeiro São João Batista, nos festejos e na profissão de fé, conseguindo aqui o primeiro milagre de unir povos irmãos.
No ano de 1891, no mês de Abril o Governo Republicano, criava o Distrito de Paz de Dourado e as autoridades eclesiásticas fixaram aqui em definitivo a residência da imagem de São João Batista, e, em 19 de Maio de 1897, pela Lei Nº502 do Governo Estadual, tornou-se Município de Dourado.
Paragrafo 28º- E tantas belezas recebeu : Relembra o enaltecimento dos atrativos naturais da cidade, acrescido dos que a mão humana criou.
Paragrafo 29º- Até a Ferrovia que partiu... : Aqui então se concentra toda magoa recalcada no peito do povo de Dourado... quando juntamente com os trilhos da estrada de ferro também lhes foi arrancado uma parte do coração, uma dor que não se apaga e o tempo não conseguiu aplacar!...
Paragrafo 30º- Agora a lembrança permanece : Tributo da saudades de todos os douradenses que na sua maioria, tal como eu, são filhos de ferroviários.
Paragrafo 31º- Chegado o fim da jornada : A constatação de que inesperada, mas certa, nossa caminhada, um dia tem um final...
Paragrafo 32º- E a nossa missão já terminada : Cientes estamos convictos que a nossa passagem terrena, já um dia se cumprirá!...
Paragrafo 33º- Enfim, a hora de partir... : No instante final, o resgate de nossa vida o memento de desatar os laços da existência...
Paragrafo 34º- Deus conceda repouso nesse abrigo : Rogamos ao Senhor, além de todos os benefícios recebidos durante toda a nossa vida, o maior de todos talvez, o direito de repousar entre os nossos entes queridos que já nos antecederam..
Paragrafo 35º- No chão amado tão amigo : No almejo único e esperado de todos os filhos desta terra, no quinhão do solo que nos é destinado, ultima e consoladora benemerência, que os nossos corações anseiam alcançar...
Paragrafo 36º- Para sempre o seu calor sentir : Esperança que reconforta no apelo que nossa alma envia a nossa terra mãe que nos serviu de berço, embalou os nossos sonhos de juventude, o sazonamento da nossa maturidade, consolou no inverno da nossa existência, nos receba no seu seio generoso e unidos, juntos, num derradeiro e indissolúvel abraço, fundir num só anseio de jubilo, o contentamento de eternamente, seremos  descansar!...
Artigo 3º - Fica instituída a Musica do Município de Dourado, a qual fará parte integrante desta Lei.
Artigo 4º - O Executivo Municipal, mediante Decreto, regulamentará o uso do Hino do Município de Dourado.
Artigo 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Dourado, aos 08 de Maio de 1.997-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

- DR. IDIO CARLI -
Prefeito Municipal
 

 
 

Cidade de Dourado e ao fundo Bairro do Bebedouro

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 













































 
 
 
 
 

sexta-feira, 5 de maio de 2017

CASA DOS PAPÉIS-21: O SHOW NÃO PODE PARAR 2





POLI E SUA ORQUESTRA

ITAPUI - 24/08/1959

 POLI E SUA ORQUESTRA: na frente da E/D- OSWALDO MURBACH, JURANDYR SYLVESTRE PEREIRA(DICÃO), DECIO PALOSCHI e RUY CARLI.; 2ªFila sentados E/D: CELSO POLI, ENÉAS GONÇALVES(TANAKA), FERLINI(de Rib.Bonito) e CELSO MARIO PAVIANI; 3ª Fila E/D: RENATO BONETTI(GRILO), VALDEMAR NASCIMENTO, VICENTE MACHADO, AURÉLIO MACHADO e TUTI(cantor)
 
 
RIBEIRÃO BONITO - 10/10/1959
POLI E SUA ORQUESTRA: na frente da E/D: OSWALDO MURBACH, JURANDYR SYLVESTRE PEREIRA(DICÃO), DECIO PALOSCHI e RUY CARLI. 2ª  Fila sentados da E/D: CELSO POLI, ENÉAS GONÇALVES(TANAKA) E JOSÉ NARCISO AZEVEDO(ZÉ DA ANA); Em pé da E/D: TUTI(Cantor), VICENTE MACHADO, AURÉLIO MACHADO, CELSO MARIO PAVIANI, RENATO BONETTI(GRILO) e GERALDO DE OLIVEIRA.
 
◙◙◙
 
CELSO POLI, douradense, nasceu em 09/09/1933, filho de Antônio Poli e Maria Conceição Justo, casado com Rosa Borragine Poli, pai de Milene e Celso Jr., ferroviário aposentado.
Sua vida com a musica teve inicio nos anos 50, numa trajetória de 108 lições, com muita dedicação, já estava pronto para enfrentar as primeiras apresentações em publico.
Em 1951 tocou o seu primeiro carnaval, no Dourado Clube, fazendo parte do conjunto do Sr. Benedicto Silvestre Pereira(Dito Silvestre), com sucesso, e, durante o ano foram se apresentando em diversas cidades, vilas e fazendas da região.
No seu 2º carnaval, agora com Pavese e seu Conjunto, foi se aprimorando e com conhecimento que já possuía passou a ensinar outros jovens para a mesma carreira.
Em 1954 idealizou e formou seu próprio grupo musical, "POLI e SEU CONJUNTO", animando o carnaval desse ano e dos anos seguintes, sempre no Dourado Clube, e partiram para apresentações em outras localidades.
Chegamos em 1958 quando da formação "POLI & ORQUESTRA", onde reuniram-se os jovens e músicos já consagrados, constituída  de 4 SAX(1ºalto, 2ºtenor, 3ºalto e 4ºtenor), 3 PISTONS(1º,2º e 3º), 01 TROMBONE e RITMO, iniciando um trajetória , não muito longa, apenas 2 para 3 anos, com muito sucesso em suas apresentações, principalmente em Dourado, Dois Córregos, Itapuí, Ribeirão Bonito e outras cidades da região.
Como os componentes viviam de outro tipo trabalho, sem ser a musica, alguns dos integrantes partiram para outras cidades em busca de novas opções de trabalho, encerrando assim um bonito capitulo musical em nossa cidade de Dourado.
A nossa gratidão por elevar o nome de Dourado, Anos Dourados.