quarta-feira, 30 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-55: O ESCOTISMO EM DOURADO I


O ESCOTISMO EM DOURADO

  Na sua plataforma de governo em 1922 meu tio Washington Luís prometeu que a meta prioritária seria a Reforma do Ensino o que foi cumprido.
Assim que tomou posse como Presidente do Estado, determinou vultuoso recenseamento.
Uma vista pelos anuários do ensino que se publicavam em São Paulo, mostra como era precária nossa situação em matéria de educação escolar.
Era doloroso registrar que 513.079 crianças em idade escolar somente 215.407 se matriculavam em todas as escolas do curso primário. Em 1916 menos da metade 41,9%.
A falta de obrigatoriedade no ensino  levava muitos estabelecimentos a falsearem seu movimento escolar uma vez que a lei estabelecia o mínimo de matrículas para o funcionamento. O nome dos alunos que repetiam ou eram removidos continuavam a constar todos os meses para que as mesmas não se fechassem.
A criação de uma classe escolar e a criação e localização de uma escola isolada eram debatidas pelo poder legislativo e por isso mesmo de certo modo complicadas e demoradas.
Washington Luís determinou que se fizessem um recenseamento escolar, primeiro passo para uma luta séria contra o analfabetismo e em prol da educação popular.
Criou-se um órgão para isso e se dividiu o Estado em quinze zonas, chefiadas cada uma por um professor público.
Graças a colaboração dos prefeitos e demais vultos prestigiosos estimulados pela imprensa que difundia diariamente os oferecimentos , o movimento se avultou a ponto de o Orgão Central terminar o levantamento sem ter gasto toda verba destinada àquele serviço de grande importância para a execução do Plano Educacional.
Resultado: capital-crianças que frequentavam escolas: 41.532 e crianças que não frequentavam escolas: 28.749 e das 70.331 que constaram no recenseamento 36.937 eram analfabetas.
Como não houvesse verba suficiente para alfabetização  para tão vultuoso numero foi estabelecida a obrigatoriedade de matricula para as crianças de nove e dez anos de idade analfabetas e sem prejuízo do curso condensou os programas em dois anos apenas.
Construíram na forma do possível novas escolas nas regiões urbanas e rurais.
Foi determinada inclusive a obrigatoriedade da frequência na reforma do ensino.
A frequência de diversas regiões atingiu quase a totalidade sendo a média de 95% incentivando Educação Moral e Cívica, movimento que crescia com a promoção e conclusão de cursos.
Foi muito combatido como o era, ao construir estradas, mas fez ouvidos moucos.
Não se contentou a reforma com alfabetizar apenas mas a escola desse período executou vários trabalhos tendo em vista a educação moral e cívica. Do programa do curso primário consta, no primeiro ano, entre outras disciplinas, instrução moral e cívica, em duas aulas semanais. No segundo ano as aulas dessa disciplina baseavam-se em desenvolvido programa na qual se incluíam palestras sobre deveres de civilidade, de bom tom conhecimento dos deveres e direitos dos cidadão brasileiro sobre júri, serviço militar obrigatório e eleições.
Ao lado das aulas teóricas e praticas que se ministravam nas escolas públicas, são adotados o escotismo e as linhas de tiro respectivamente no curso primário e secundário.
Aqui em Dourado o movimento liderado por Baden Powell (Barão general inglês fundador do escotismo), o professor "FEU" comandava o Escotismo organizando e ministrando aos meninos todos os bons ensinamentos.
DEUS. PÁTRIA. FAMÍLIA.
O Escotismo baseava-se nessa trilogia. Diariamente era cantado o Hino Nacional, incentivando - lhes o Patriotismo.
Era praticada também uma boa ação diária.
Era-lhes confiada a guarda dos circos.
Dentre os escoteiros encontravam-se Bem Braga, José Colagrossi, José Fantini, Francisco Foschini, Leonardo Colagrossi, um  menino gordinho era o Porta Bandeira. Os demais o tempo se incumbe de apagar da memória das pessoas.
Entretanto um que se tornou inesquecível foi Lamartine Machado: o Monitor.
Era tamanho o espírito de justiça  que certa vez o Bem Braga após haver cumprido a honrosa missão de participar da guarda de um Circo de Cavalinhos desejou assistir ao espetáculo e foi contrariado pelo "Comandante Feu".
Desejou então atiçar fogo na lona do Circo, mas a tempo foi contido e trazido por dois companheiros sob a guarda do Comandante e entregue a seu próprio pai, apesar de ter sido este URIAS BRAGA o grande patrocinador em prol do movimento, pois foi ele quem dera a todos os escoteiros as barracas os uniformes com os devidos chapeuzinhos em ponta, instrumentos da fanfarra, "os trens de cozinha", etc.
Uma curiosidade: os baldes eram de lona, possuindo um aro de metal na boca e outro na parte de baixo para facilitar o transporte. Eram desmontáveis.
Quem está relatando todos esses acontecimentos está aqui ao lado acariciando uma linda bengalinha, que eles escoteiros levavam ao ombro entalhada artisticamente pelo seu pai Urias Braga, sendo ele Bem Braga um dos poucos escoteiros existentes.
Lembro-me de os ter visto marchar certa vez em Dourado, pois a fanfarra havia ganho o primeiro lugar na Concentração de São Carlos.
Marchavam cantando assim:
Ra-ta-plan o arrebol
Escoteiros vede a luz
Ra-ta-plan olhai o sol
Do Brasil que nos conduz
Lá iam eles compenetrados sob a direção do Monitor Lamartine e o justo orgulho do Professor Feu.

CECILIA DE BARROS PEREIRA SOUZA BRAGA
FOLHA DE DOURADO-Nº65, DE 11/07/1992  e Nº98, DE 30/04/1993.




CECILIA DE BARROS PEREIRA SOUZA BRAGA e

ARCILIO DA SILVA BRAGA (BEM BRAGA).

07/09/1922-COMEMORAÇÃO DO 1º CENTENÁRIO DA INDEPENDENCIA DO BRASIL
 
 
 

terça-feira, 29 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-54: MARIA JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS SANDOVAL (D. ZÉZA)





O QUE AMO
O CAMINHO DA SERRA (ENTRE DOURADO E BEBEDOURO)
 
O caminho da serra contorna sua aba estreita e de íngremes ladeiras que, de um lado, margeia o precipício onde o mato cresce velando pelos viajantes. 
Do outro lado, era a estrada dos boiadeiros que só se galgava a cavalo ou a pé...
Hoje, caminho extinto.
Apesar do perigo e esforço que fazia naquele trecho, eu gostava de me ver debaixo do sombreado que da serra debruçava compondo uma furna pelos ares dos galhos que uniam as margens sob o caminho. Onde a luz peneirava tochas encantadas ou tênues os raios solares brincavam e reluziam qual pirilampos vagando através das rampas verdes e compactas onde o orvalho escondia seus brilhantes.
Tínhamos que ser previdentes pois, entrecortando o espaço surgiam, às vezes, bichinhos como lebres ou sapos saltitando que nos assustavam e, principalmente, aos cavalos que refugavam espantados.
Que mundo lindo eu descobria por vergônteas surgirem confusos cachos serpenteando flores a expandirem agrestes perfumes. Ouvia-se, ali, o rumor da brisa e lânguidos pios a arrulhar na mata.
Às vezes, através da abóboda das árvores surgiam a ideia de um segundo céu que se aflorava quais estrelas a faiscarem todo seu ouro pelas esvoaçantes coroas de suas copas.
Que mundo de ternura descobria então no doce olhar dessa iluminação sagrada que a nos espreitar parecia querer guiar e defender dos escombros que se apresentavam quase noturnos.
Apesar  de poéticas ladeiras, nos inspiravam o receio das ciladas que podiam surgir, respirávamos com desafogo ao terminá-las.
Hoje, o abandono assola esse trecho da estrada onde se perdeu um pedaço de minha infância na garupa de um majestoso cavalo pampa e, a cingir-me na cintura de papai, quando ia ou voltava da escola.

 

D.MARIA JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS SANDOVAL
                                   -D. ZÉZA -
LIVRO: O QUE EU AMO
ANO: 2009
IDEALIZADOR: SIDONIO JOSÉ DOS SANTOS
PETRY GRAFICA E EDITORA LTDA

 










 

sábado, 26 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-53: O ESPORTE EM PALAVRAS




O ESPORTE EM PALAVRAS - I
Principiando uma nova coluna em nosso maior órgão de divulgação local, ou seja, o JORNAL DE DOURADO, pretendemos contar com a apreciação de todos os esportistas douradenses para podermos revestir, com o máximo de brilhantismo, a nossa opinião gerada pelo futebol de nossa terra.
Estão de parabéns os dirigentes das equipes do S.JOÃO F.C.  e do COMERCIAL F.C.
Sim. Estão de parabéns.
Reuniram-se, chegando a conclusão de que deveriam unificar as associações, formando uma única.
Assim, num futuro bem próximo veremos engrandecidos o "esporte das multidões", praticado em nossa querida Dourado. Isto, por certo, deixará os esportistas locais cientes que, indo à praça de esportes, verão ali "um TIME". Um futebol como o que temos será empregado para alcançar as glórias há muito não conquistadas.
Incentivamos, pois, os atletas que lutam dentro das quatro linhas que demarcam o gramado do Parque São Pedro ou de outros estádios.
Estaremos, deste modo, insuflando aos quatro ventos da região o nome realmente novo na história do futebol douradense.
Façamo-lo  temido, respeitado e admirado.
Colaboremos e prestigiemos para sentirmos um orgulho do bom futebol reinante nesse novo esquadrão que há de ser o SÂO JOÃO F.C.
RUI BERTUCCI
JORNAL DE DOURADO-Nº280-ANO IV-DOURADO, DOMINGO,29 DE JANEIRO DE 1967
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O ESPORTE EM PALAVRAS - II
Nota-se , entre os jogadores que compõem o elenco do novo "São João", a imensa vontade de lutar em defesa das cores daquela agremiação.
Isto é o "sangue novo" que veio se juntar a craques, já de idade avançada, para buscar grandes vitórias que tanto enobrecem o esporte de nossa cidade.
Continuem assim. Compareçam em massa aos treinamentos semanais, promovidos pelos treinadores. Assim estarão emprestando sua colaboração para que seja reencontrado o prestigio do futebol douradense, há muito perdido.
Não podemos esquecer dos esportistas, aqueles que tanto incentivam os atletas. Aos primeiros vai, então, um pedido: Nos dias de jogos, compareçam em "peso" ao Estádio Municipal do Parque São Pedro.
Sua presença alentará os craques, pois tendo a torcida como fiel aliada, darão tudo para satisfaze-la plenamente, ao final dos noventa minutos.
E à Prefeitura deixamos outro apelo: faça ela, tão logo possa, das propaladas reformas no Estádio uma realidade. Elas darão muito mais orgulho a todos os esportistas de nosso torrão natal, pois um belo Estádio é suficiente para tal.
RUI BERTUCCI
JORNAL DE DOURADO-Nº281-ANO IV-DOURADO, DOMINGO, 5 DE FEVEREIRO DE 1967
 












Estádio Municipal Parque São Pedro-Quadra de Futebol de Salão e Basquete. o vestiário antigo de madeira e arquibancada sem a cobertura.
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  O ESPORTE EM PALAVRAS - III
E o futebol de salão douradense?
Esse nobre esporte que é praticado por somente alguns moços de nossa terra?
Parecia que essa modalidade iria "pegar" com aquele famoso e terminado "Torneio de Verão".
Aconteceu exatamente o contrário: a idéia não ganhou corpo e o torneio não passou além do seu primeiro turno.
Atualmente o futebol de salão de nossa cidade restringe-se apenas a uma turma de moços que, aos sábados, na quadra municipal, passam uma tarde deveras boa e movimentada, praticando-o.
Esse esporte seria bem aceito em nosso ambiente se nós tivéssemos a quadra da casa paroquial iluminada e com uma arquibancada ao seu redor. Isso ficou comprovado nos torneios anteriores, que lá foram efetuados.
Grandes foram os seus sucessos.
Porque não fazemos reviver aqueles momentos de vibrações estrondosas, quando da realização daqueles torneios?
Levemos a idéia adiante.
Procuremos, com as autoridades locais, colaborando com os jovens, iluminar e levantar arquibancadas, mesmo que sejam bem simples e ali realizar torneios idênticos aos que havia no passado: amplo sucesso e animação.
RUI BERTUCCI
JORNAL DE DOURADO-Nº282-ANO VI-DOURADO,DOMINGO,12 DE FEVEREIRO DE 1967
 

 Quadra da casa paroquial
 

 

 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-52: JOÃO JACOB KLAIN - II -




UM ROUBO ENVERGONHADO
 
Ora que imagine a vida
Fico até impressionado
Fico pensando em muita gente
Que fazem tanta coisa errado
Este fato aconteceu
Um dia desses passado,
Foi um roubo vergonhoso
Na cidade de Dourado
 
Um fazendeiro vizinho
Que formô um laranjá
Mas quando as fruta tavam boas
A turma deram prá robá
Pra isso ajustaram um guarda
Nem assim pode vedá
A turma esperava a hora
Quando o guarda ia jantá
 
As laranjas tavam doce
Parecia uma uva
A turma ia toda noite
Não respeitavam vento nem chuva
Faziam fila na estrada
Como carreiro de saúva
Era mesmo uma vergonha
Como fazenda de viúva
 
Numa hora dessa vinha o patrão
Com sua caminhonete wolks
A turma não conhecero
Foi pelo escuro da noite
Ao patrão foi uma surpresa
Pra turma não foi biscoito
Mesmo que escapô a metade
Inda foi pego vinte e oito
 
O patrão e a polícia dissero:
"Tejem preso e não proseie!"
Não sei se essa ficará bonita
Como pode ficá feia.
Vou dá duas viages
Nem que a caminhoneta vai cheia.
Tenho que resorvê esse assunto
Mas há de ser lá na cadeia.
 
Dizem que todo fazendeiro são ruim
Veja quanto esse foi bão
Quando tavam todo fechado
Após uma repreensão
"Vou mandá vocês embora,
Não me faz mais isso não,
Tenham que trabalhá amanhã,
Para assim  ganhar o pão".
 
Conforme comprei eu vendo
Não sei se é verdade ou não
Mas quando tavam todos na rua
Cada qual cô picoá na mão
Alguns muito envergonhado
Inda usô da educação
"Muito obrigado por nós ter solto
Inda troxe nos de condução".
 
A policia debate pra cabá ladrão
Não é possível consegui
Se não fosse os buliçosos
Todo mundo eram feliz
Isso muito aborrece
A quem gosta progredi
Quando aparece um que planta
Ajunta cem pra destruí.



Resultado de imagem para foto de pé laranjeiras


                                                                                                                               
                                                                                                              
   Autor: JOÃO JACOB KLAIN
   Obra: POEMAS
   Edição: Setor Cultural UFSCAR
   Ano: 1987                                                                
 
                                                                         
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 19 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-51: O ORIENTADOR Nº2



DISCURSO PRONUNCIADO PELO ORADOR DO CLUBE DE CONVERSAÇÃO DE INGLÊS. ALEXIS ASSUAD, DA 4ª SÉRIE, POR OCASIÃO DA SOLENIDADE DE POSSE DA DIRETORIA ELEITA.
Exma. Sra. Diretora, Professores, Caros Colegas.
Em nome da Diretoria eleita e empossada do Clube de Inglês, tenho a honra de saudar a todos aqueles que com a sua presença vieram prestigiar essa nova e já vitoriosa agremiação de estudo.
Sentimo-nos orgulhosos em dirigir tão nobre e benfazeja iniciativa de nossa Professora de Inglês, que tem por objetivo único difundir entre todos os alunos o gôsto por esta língua tão bela, tão rica e tão necessária hoje em dia, e proporcionar ao estudante douradense um aprendizado mais sólido e efetivo dessa língua tão lógica e util.
Assim é que o Clube de Conversação da Cadeira de Inglês envidará todos os seus esforços para que através de reuniões semanais, de debates, de conferências, de filmes e discos, de Biblioteca especializada, e da organização de correspondência com a Inglaterra e Estados Unidos, todos possam aproveitar, e muito, no aprendizado da língua inglesa.
É ela hoje em dia considerada como uma língua universal, usada em quase todos os países do mundo.
Por seu intermédio entendem-se milhares de pessoas das mais diversas raças, países e crenças.
Todos nós mais cedo ou mais tarde sentiremos a necessidade de conhecer esta língua, afim de podermos acompanhar o contínuo progresso do mundo.
Tenho dito
 
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CORRESPONDÊNCIA COM PAISES DE LÍNGUA INGLESA
 
Maria Thereza Puttomatti e Nerci Ferreira - 3ª Série
 
Nossa professora de Inglês, d. Freda Perla Rozemberg, organizou um sistema de correspondência com estudantes americanos e ingleses, idéia esta que que foi recebida com grande entusiasmo entre os estudantes.
Primeiramente a professora deu-nos um catálogo, citando alguns nomes de estudantes americanos e ingleses que desejavam, corresponder-se com estudantes do Brasil.
Tivemos em seguida uma aula extraordinária e nesta, a professora d. Freda deu-nos um exemplo de como deveriam ser escritas as cartas para os nossos correspondentes.
Por meio do catálogo que nos foi dado, podíamos ficar sabendo quais os assuntos que aos mesmos interessava. Muitos preferiam discorrer sobre assuntos generalizados  referentes aos Estados Unidos ou Inglaterra, enquanto que outros preferiam tratar de assuntos diferentes como: música, esportes, sêlos, moedas, etc.
Este sistema de correspondência, além de nos oferecer oportunidade de ficarmos conhecendo  a modalidade de vida nos Estados Unidos e Inglaterra, nos possibilitará a aquisição de um vocabulário rico e variado.
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RELATÓRIO DA EXCURSÃO AO POSTO DE PUERICULTURA "DEMETRIO CALFAT"
DOURADO, 27/4/1955
 
Promovido pela Professora MARIA ALICE R. PEREIRA
Catedrática de Trabalhos Manuais e Economia Doméstica
 
Nós alunos da 4ª Série do Ginásio Estadual "Dr. Salles Junior" de Dourado, fomos especialmente convidados pela nossa professora D. Maria Alice R. Pereira, para uma excursão ao Posto de Puericultura "Demétrio Calfat", em inicio ao programa de Economia Doméstica na parte referente à Puericultura.
Para tal, foram convidadas especiais D. Lair Fontes Piedra, diretora, e que não nos poude acompanhar, a professora Ana Maria Moura, licenciada pela Faculdade de Filosofia, e o professor de Geografia Sr. Alberto Peixoto.
À saída da Escola, fomos fotografadas para o melhor remarque desta excursão e seguimos as Ruas José Modesto de Abreu e Demétrio Calfat até o Posto à Rua Barão do Rio Branco.
Neste, fomos muito bem recebidas por D. Ercilia Penteado Gil, atendente do Posto. Iniciou D. Ercilia umas explicações sobre as características preliminares referentes à sala de espera, fichário, pelo qual se responsabiliza.
Observações a respeito da parte interna
1 - Notamos que para maior interesse e vivacidade, na sala de espera foram colocados quadros e cartazes referentes à Puericultura. 
2 - Observamos que para a matricula das crianças, exige-se o registro de nascimento. Isto porque, infelizmente no Brasil são poucas as crianças registradas.
3 - Quanto aos tipos de fichários, são três:
 - para criança doente,
 - para criança, que recebe só o alimento.
 - para a futura mãe.
Neste interim, chega Dr. Arnaldo Zeraik que prossegue com as explicações, pois fora substituído por D. Ercilia, por ter se atrasado quando consultava um cliente.
Normas para o preenchimento das fichas - Criança doente
a) Pêso de nascimento
b) Data de nascimento e data do registro
c) Doenças que teve
d) Receita
e) Medicamentos
f) Pêso atual
g) Nome dos pais
h) Doenças que tiveram
Fichas das crianças sadias para obterem alimentação - Regras
a) Pêso
b) Idade
c) Filiação
d) Doenças que teve
e) Regime alimentar seguido
f) Receita
g) Preparo de mamadeiras
h) Anotação do tipo de leite
i) Quantidade do mesmo
Ficha da futura mãe
a) Doenças que já teve
b) Idade
c) Nome pai
4 - Lactário: Geladeira para conservar o leite. Mamadeiras e sua esterilização. Cestas de arames para carregas as mamadeiras. Estufa para esterilização das mamadeiras.
5 - Sala de espera das futuras mães
6 - Sala de curativos das crianças
7 - Consultório: Mesa para o exame; armário com roupas usadas para crianças pobres. Escrivaninha. Aparelho de radioscopia.
Leu-nos Dr. Arnaldo uns artigos de um livro onde figura uma portaria do Ministério da Educação e Saúde do Departamento Nacional da Criança, sobre a melhor maneira de se estabelecer o CLUBE DA MÃE POBRE. Além disso há ainda um artigo sobre a necessidade de cuidados para impedir o aumento da mortalidade infantil. Salienta também que é impossível dispensar a colaboração da escola pois com os conhecimentos que o aluno adquire pode auxiliar a luta contra a mortalidade infantil.
8 - Sala de farmácia com estantes, remédios com rótulos bem visíveis, estando colocados em ordem alfabética. Envelopes para pílulas.
9 - Sala de curativos para a futura mãe. Sala com Raio Ultra-Violeta.
10 - Gabinete de Raio X. Neste foram expostos o avental de chumbo, luvas do mesmo material, etc. Isto para impedir doenças com o manejo do Raio X.
11 - Depósito do pó de  leite para mamadeiras.
Tendo visto todas as dependências, acompanhadas pelas explicações do Dr. Arnaldo Zeraik e da nossa professora  D. Maria Alice Rodrigues Pereira, que procurou entrosar da melhor maneira possível a Economia Doméstica à Puericultura, nós sentimos agradecidos.
Não podemos deixar aqui de notar a gentileza da Diretora D. Lair Fontes Piedra que não só colaborou na idéia, como também prontificou-se a ajudar naquilo que estivesse ao seu alcance.
Como prova disto, já podemos adiantar de antemão, que com  o que vimos não poderemos mais deixar de dar valor à matéria Economia Doméstica que no Ginásio já nos dá uma visão mais ampla da vida no que se relaciona aos trabalhos que podem ser feitos e os conhecimentos que também poderemos adquirir, para impedir a mortalidade infantil, tornando o Brasil maior.

Aluna MARIA APARECIDA VALENTE - 4ª Série









Inauguração do Posto de Puericultura, presença do Governador Dr. Adhemar de Barros
(Hoje prédio do Hospital-Rua Demétrio Calfat esq. Rua Barão do Rio Branco)
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GINÁSIO ESTADUAL "DR. SALLES JUNIOR"
QUADRO DE HONRA - 1ª Prova Parcial
1ª Série
1ºlugar - Sandra Pinhanelli..............................com 7,55
2ºlugar - Iza Pereira Miranda...........................com 7,50
2ª Série
1ºlugar - Mario Machado de Araújo................com 9,10
2ºlugar - Maria Angela Cardillo.......................com 8,50
3ºlugar - José Hamilton Port............................com 8,12
4ºlugar - José Augusto Machado de Araújo...com 7,55
5ºlugar - Ana Raquel Truffi de Abreu..............com 7,07

Nas 3ª e 4ª Séries nenhum aluno se classificou

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NOTAS SOCIAIS
Aniversariantes nos meses de Julho e Agosto, os seguintes alunos do Ginásio Estadual "Dr. Salles Junior".
JULHO
dia  2 - Nerci Ferreira
 "    2 - Wamberto Marcos Foschini
 "    4 - Yvonne Antonietta Borsetti
 "  15 - Otavio R. de Oliveira
 "  19 - Clovis Marchi
 "  21 - Oswaldo Ferraz
 "  26 - Orivaldo Tavano
 "  26 - Luiz Fernando de Almeida
AGOSTO
dia  1 - Edison R. Martins
 "    2 - Hamilton Carli
 "    8 - José Bregues
 "   15 - Elisa Fazan
 "   17 - Gilberto Leite Braga
 "   18 - Heitor Roque Mangini
 "   20 - Maristela Rosin
 "   28 - Maria Aparecida Valente
 
O "ORIENTADOR" deseja aos aniversariantes muitas felicidades e progresso nos estudos
 
O ORIENTADOR - Nº2 - ANO I - DOURADO, 25 DE AGOSTO DE 1955
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 













 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-50: 1ª AUDIENCIA/DECRETO Nº122/1891


 
PRIMEIRA AUDIENCIA DO JUIZ DE PAZ NA FREGUEZIA DE SÃO JOÃO BAPTISTA DO DOURADO
 
Aos sete dias do Mez de Março do anno de mil oitocentos e noventa e um, em casa do Cidadão Maximiliano de Oliveira Sampaio, presente o primeiro Juiz de Paz Cidadão Joaquim Manoel de Oliveira e eu, escrivão de seu cargo abaixo nomeado e mais pessoas presentes, o Cidadão Juia de Paz mandou abrir a primeira audiência, por mim, escrivão, em falta do official de Justiça. E declarou que por decreto numero cento e vinte e dous de dezenove de janeiro do corrente anno, do Governador deste Estado de São Paulo, foi creado districto de Paz neste Curato de São João Baptista do Dourado, Municipio de Brotas, Estado de São Paulo, que é de maneira seguinte: Artigo primeiro - Fica creado o districto de Paz de Dourado, Municipio de Brotas. Artigo segundo - O novo districto de Paz de Dourado, comprehenderá o território fo antigo Curato  de São João Baptista do Dourado, que é o mesmo do districto da subdelegacia de Policia  deste nome, creado por acto de seis de novembro de de mil oitocentos e oitenta e cinco e terá as mesmas divisas do Curato adoptado pelo referido acto que as actuaes do districto policial. Artigo terceiro - Revoga-se as disposições em contrário. O Secretario de Governo o faço publicar. Palácio do Governo do Estado de São Paulo, dezenove de janeiro de mil oitocentos e noventa e um. Jorge Tibiriçá. Em virtude do mesmo decreto  o Juiz declarou instalado a Freguezia do districto de Paz de São Baptista do Dourado, Municipio de Brotas, Estado de São Paulo. A requerimento do cidadão Maximiliano de Oliveira Sampaio na mesma audiência, foi requerido que se lançasse um voto de reconhecimento ao Reverendo Padre Antônio Alvares Guedes Vaz, pelos serviços prestados a beneficio deste logar. A requerimento do cidadão Manoel Vieira Monteiro foi requerido um voto de reconhecimento aos membros do Directorio do Partido local desta Freguezia, pelos relevantes serviços prestados pelos mesmos a bem do progresso desta Freguez\ia. E como nada mais houve, para constar, lavrei este termo. Eu, Franklim de Cerqueira Leite, escrivão, o escrevi.
(ass.) JOAQUIM MANOEL DE OLVEIRA
FRANKLIM DE CERQUEIRA LEITE
ANTONIO ALVES DOS SANTOS
FERNANDO LIMONGI
LUIS ANTONIO MACHADO
CANDº JOSÉ MACHADO
CARLOS AUGUSTO D'OLIVEIRA NEVES
MANOEL VIEIRA MONTEIRO
MAXIMILIANO DE OLIVEIRA SAMPAIO
EDUARDO JOSÉ FERREIRA
JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA
JOÃO CATALDI
ANTONIO DOS SANTOS MACEDO
JOÃO BAPTSITA DE OLI.ª
MANOEL PEDRO LOPES
JOSÉ DOMINGUES DOUS SANTOS
JOÃO DE CAMARGO FREITAS
JOAQUIM FLORINDO DA S.ª
LUIZ GONAZAGA DA COSTA BARROS.
 
 

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-49: O ESTUDANTE COLABORA IV


ERA UM DIA DE PASCOA
 
Zero hora.
Tudo mais ou menos calmo; um leve ventinho apenas a balançar os frágeis galhos das árvores.
Um choro... 
Na grande mansão isolada do resto do mundo ouvia-se aquele choro. Sim, um choro, nada mais.
Pai e mãe, um casal jovem, muito rico e bom, estavam fazendo a tradicional ceia.
Os dois, só os dois, na sala belamente ornamentada despertam dos seus assuntos do momento e correm atender aquela vózinha de criança assustada.
- Filhinha!!!
Ao encontro dos dois, corre a pequena que havia desperta e assustada...
- Algum sonho, mau, diz o pai, o que será?
- Mamãe, eu acordei e me lembrei que ontem vocês me prometeram dar um ôvo de chocolate e eu não o queria agora porque sonhei que veio um cachorro bem "grandão" e o comeu.
O casal abraça a criança nascida naquela mansão e a levam carinhosamente para o berço.
A pequena adormece.
Voltam os dois, somente os dois para a sala, aquela mesma sala ricamente ornamentada. Felizes riem-se da filhinha que até agora só pensa em seus chocolates e nada mais. Esse é o seu mundo, a sua alegria. Mais tarde terá muitas outras coisas a pensar, inclusive o mundo dos semelhantes.
Auxiliá-los ... Não mais existirá só o seu mundo.
Uma hora e alguns minutos.
Reinava paz, tranquilidade, silêncio e era um dia de páscoa.
 
VERA LUCIA VALENTE - 3º ANO NORMAL- DA ENGED
JORNAL DE DOURADO-Nº270-ANO VI- DOMINGO, 14 DE ABRIL DE 1968.  
 
 
 

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-48: TEMPOS DE ESCOLA - 1.962




GRUPO ESCOLAR SENADOR CARLOS JOSÉ BOTELHO 
ALUNOS DO 3º ANO MISTO A - TARDE - 1.962
PROFESSORA NEYDE SOUZA MACEDO LOZANO
 
 
ADÃO LINDO DE SOUZA
ANSELMO ORTEGA BOSCHI
ANTONIO DO CARMO GUANHO
CESAR ROBERTO TAVANO
GIL MONTEIRO NOVO
IDIO CARLI
JOSÉ MIGUEL DEMETI
LUIZ ANTONIO GARCIA FREITAS
MIGUEL GIUDICISSI FILHO
VICENTE EDUARDO PACHECO
WALDIR SABATINE
WALDOMIRO BOUFELLI
ANA MARIA VALENTE
ANGELA PIRES BARTELOTTI
ELZA MARINA CORDOVA GARCIA
EUDINA RITA
GENI PEREZ
IRANI MOURA TAVANO
LIDIA APARECIDA PINHEIRO
MARIA HELENA SILVA PINTO
MARIA JOSÉ FONTANA
MARIA JOSÉ FOSCHINI
MARIA SILVIA DE ARRUDA PENTEADO
MARINA ALDANA
MARLENE AMATO
NEUSA MARIA A. MATOS
RICARDA AZEVEDO SILVA
RITA DE CASSIA GONÇALVES MACARI
ROSA MARIA GONÇALVES
SONIA MARIA DOS SANTOS
TEREZINHA ZANON
VERA LUCIA DE OLIVEIRA
YOKO ISHIBE
 
PROFESSORA  NEYDE SOUZA MACEDO LOZANO
 
 
NEYDE
 
Neyde, a pequena gigante
Construiu no lar o seu baluarte
Teceu com sua vida o manto do amor
Cavou a trincheira do bom combate
Pintou a tristeza com as cores da flor.
 
Empunhou a bandeira da paz com ardor
Que era a mensageira do seu perdão
Guardou no silêncio o rescaldo da dor
Trancou as lágrimas no seu coração.
 
Neydinha, a pequena gigante
Deixou-nos um brilho de eternidade
Como um raio de luz na escuridão
E bailando no ar, ficou a saudade
Que já faz parte do meu coração.
 
                    Camilinho Macedo
 
 
 
 
 
 


CASA DOS PAPÉIS-47: COMPANHIA ESTRADA DE FERRO DO DOURADO-II



ACTOS DO PODER EXECUTIVO
DECRETO Nº 830
DE 4 DE OUTUBRO DE 1900

 
 
AUCTORIZA A COMPANHIA ESTRADA DE FERRO DO DOURADO A ABRIR AO TRAFEGO PUBLICO O TRECHO DE SUA LINHA ENTRE AS ESTAÇÕES DE RIBEIRÃO BONITO E CORONEL FERRAZ, COM EXTENSÃO DE 9.900 METROS.
 
O Presidente do Estado de São Paulo,
Attendendo ao que requereu a Companhia Estrada de Ferro do Dourado, e de acordo com o parecer da Inspectoria de Estradas de Ferro e Navegação
Decreta:
Artigo 1º - Fica concedida à Companhia Estrada de Ferro do Dourado, autorização para abrir ao trafego o primeiro trecho de sua linha com a extensão de 9.900 metros entre a estação de Ribeirão Bonito, ponto inicial, e a estação Coronel Ferraz.
Artigo 2º - Fica a Companhia Estrada de Ferro do Dourado obrigada a executar na sua linha férrea os seguintes serviços:
a) Complemento, no trecho a inaugurar, dos serviços de abertura de valletas e preparação de rampa nos córtes e taludes nos atterros; collocação de calhas na estação "Coronel Ferraz"; assentamento de cabides nos carros de passageiros e de venezianas no carro de 2ª classe; adaptação do carro mixto ao modelo adoptado, para melhorar-se a ventilação;
b) Alargamento dos atterros que ainda não tenham a dimensão approvada,(3,m0) estabelecendo-se o conveniente lastro, ao qual se dará, 1,m80 de largura em cima, 2,m20 em baixo e 0,m20 de altura; collocação de marcos kilometricos; insttalação de correntes de segurança nos vagões de carga e nas locomotivas.
Artigo 3º - Fica marcado o prazo de um mez, a contar da data da publicação do presente decreto no Diário Oficial, para a ultimação dos serviços a que se refere a rubrica "a" do artigo 2º, e o de três mezes para os demais serviços.

Palacio do Governo do Estado de São Paulo, aos 4 de Outubro de 1900.

FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES ALVES
Antônio Candido Rodrigues
 
Diário Oficial-Anno 10-12º da Republica-Nº225-S.Paulo-Domingo, 7 de Outubro de 1900

 




 

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-46: GRUPO ESCOLAR SENADOR CARLOS JOSÉ BOTELHO




GRUPO ESCOLAR SENADOR CARLOS JOSÉ BOTELHO
03/08/1909 <  108 anos >03/08/2017



parabéns

 
 GRUPO ESCOLAR DE DOURADO - 1913

A História do Grupo Escolar
Quando a Câmara dos Deputados do Estado, de bancada oposicionista, levantou-se a voz, acusando a construção do Grupo Escolar no município que o Dr. Carlos José Botelho era fazendeiro, respondeu ele sereno e decisivamente: "a verba orçamentária destinada pelo Governo à minha Secretaria é para construção de oito Grupos Escolares e dentro dela, com a de Dourado, estou fazendo nove".
Esta justificativa patriota e honesta, foi água na fervura parlamentar. Ele poderia responder ao ataque dizendo ao acusador, que não construiu escola para seus filhos ou para os filhos de seus colonos, mas sim, para um povo que tinha direito ao Ensino Público.
O terreno onde foi construído o Grupo, foi oferecido pela Municipalidade em frente à Praça São João.
O projeto foi idealizado entre 1907 e 1908 por Manoel Sabater, autor de inúmeras edificações escolares na antiga Superintendência de Obras Públicas.
No decorrer dos 108 anos de sua criação, a escola passou por várias denominações:
03/08/1909 - GRUPO ESCOLAR DE DOURADO
04/09/1952 - Decreto Estadual Nº21.694 - GRUPO ESCOLAR SENADOR CARLOS JOSÉ BOTELHO
1976 - Escola Estadual de 1º Grau Senador Carlos José Botelho
1997 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Carlos José Botelho
- § - § -
Em 1953 com a criação do Ginásio Estadual Salles Júnior, funcionou em suas dependências no período compreendido de 1953 à 1958, quando, em 1959,  foi transferido para seu  prédio próprio. 
 

 
 HINO DO SENADOR
 
"SOB AS ASAS DO SABER"
Poesia: CARLA GONÇALVES CASADEI TORRES  e ROGÉRIA PEICHIM
Música: VALDIR ALVES COSTA
 
DO SONHO DE UM IDEALISTA
NASCEU UMA ESCOLA IMPONENTE
QUE DESDE UM PASSADO DISTANTE
JÁ ENSINAVA A TANTA GENTE.
 
NOS DOIS LADOS DA VIAGEM
UM DIA AQUI SE CHEGOU
E SOB A REGÊNCIA DO MESTRE
UM FUTURO DE GLÓRIA ALMEJOU.
(refrão)
SENADOR, TEMOS ORGULHO DE FAZER
PARTE DE VOCÊ!
ESCOLA TÃO AMADA
QUE NOS FAZ CRESCER
 
AQUI LOGO APRENDEMOS QUE
UMA AMIZADE VAI ALÉM,
QUE DIFERENÇAS SÃO VIRTUDES
E PRECONCEITO NÃO SE TEM.
 
SOB AS ASAS DO SABER
BUSCAR SEMPRE O MELHOR
TRAZENDO CONOSCO O SONHO
DE UM AMANHÃ MAIOR.
(refrão)
SENADOR,
TEMOS ORGULHO DE FAZER
PARTE DE VOCÊ!
ESCOLA QUE NOS ENSINA
PARA MELHOR VENCER
 
SUCESSO, HONRA E VITÓRIA
PARA TRILHAR GRANDES RUMOS
SERÃO O NOSSO LEGADO PRÁ
CRIAR NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA.
 
QUANDO O FUTURO CHEGAR,
IMPOSSÍVEL LHE ESQUECER.
LEVAREMOS SEMPRE CONOSCO
TUDO O QUE PUDEMOR APRENDER.
(refrão)
SENADOR, TEMOS ORGULHO DE FAZER
PARTE DE VOCÊ!
ESCOLA QUE NOS ENSINA
PARA MELHOR VENCER.
 
 
 
 
 
 
 SENADOR - 2.017

 


















NOSSA GRATIDÃO A TODOS DIRETORES, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS E NOSSA AMIZADE E CARINHO A TODOS ALUNOS DO "SENADOR".



 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

CASA DOS PAPÉIS-45: NOTAS ESPORTIVAS 5


CRÔNICA  ESPORTIVA
 
"C.E.F.DOURADENSE" VS. "A. PALESTRA ITALIA"
                                                                         (De Araraquara)
22 DE NOVEMBRO DE 1931
 
Em disputa da Taça "TANNURI", gentilmente oferecida pelo sr. Antônio Tannuri encontraram-se domingo ultimo, nesta cidade as equipes representativas das agremiações acima. O desenrolar da luta não correspondeu à expectativa, pois esperava se que a ala esquerda, como deveria ser, produzisse algum jogo, o que não produziu. Foram dois elementos nulos em campo. Minguta e outros, que formaram a ala esquerda são elementos de destaque no futebol jundiaense mas, jogaram pessimamente, atrapalhando-se  a todo instante. Melhor teria feito a Diretoria do C.E.F.D. si os tivessem substituídos por qualquer outro jogador da mesma agremiação como, sejam Cunha, Benjamin e outros. Vejamos si para o futuro terão esta precaução. Os demais elementos jogaram otimamente , não tendo elemento a se destacar.
O quadro visitante por sua vez, se apresentou em campo, com um conjunto homogêneo, que ofereceu séria resistência o que bem demonstra o "score" final da luta.
Desenvolveram boa técnica e jogaram com muita disciplina. Quanto à interrupção do prélio no 2º tempo, cremos, em parte tinham razão. Em todo caso, isso são cousas do futebol.
***
Precisamente, às 17 horas, os quadros se alinham em após a escolha de campo e as saudações de praxe.
Dão a saída os locais que organizam um ataque, nada, porém, resultando. Escapam também os visitantes que também organizam perigosas investidas mas são inutilizadas pelos zagueiros locais.
O jogo anima. O campo está um pouco alagado, devido a chuva. Mas os jogadores de ambos os lados se empenham para a abertura da contagem.
Aos 15 minutos de jogo, após uma perigosa investida dos locais, Prestes chuta em goal marcando o 1º e único tento da tarde.
Quanto a marcação deste ponto protestam os visitantes dizendo que a bola não penetrara em "goal". Mas o juiz da pugna insiste e faz ser válido o ponto.
O jogo é reiniciado. Nota-se uma reação dos visitantes.
Os locais ajem com precisão.
E assim com mais umas jogadas, terminou o primeiro tempo do encontro com a contagem de 1 X 0 favorável aos locais.
A ala esquerda local está completamente nula.
***
Decorrido o descanso de costume, os visitantes reiniciam o jogo. Nesta fase torna-se mais interessante. A assistência procura animar os contendores. O jogo equilibra-se, percorrendo a pelota todo o campo.
O guardião visitante faz belas defesas impedindo que o "score" seja aumentado. O local também aje com precisão.
Registra-se um "escanteio" contra os visitantes que protestam. O jogo é interrompido. Depois de algumas discussões, Nito bate o escanteio, nada porem resultando. Deste momento em diante a partida continua disputadíssima. O juiz pune faltas de ambos os lados fazendo valer sua autoridade, aliás necessária.
Depois de mais alguns lances, sem modificação da contagem, termina a fase final do encontro com a contagem de 1 X 0, favorável aos locais.
E desde modo os "Ferroviários" conquistaram a taça "TANNURI".
REPORTER
 
"FERROVIÁRIO"
JOSÉ
SYLVIO-LOPES
MELÃO-ZICO-BLUNDI
NITO-BARDI-BENJAMIN(PRESTES)-DOVAL- MINGUTA
 
 
 
Diz no Programa:
"Será uma partida de futebol renhida porquanto vibra, entre os quadros que, no dia 22 se enfrentarão, o desejo enthusiastico da victoria. Tanto quadro visitante como o "Ferroviário" estão revestidos com a couraça de bons elementos"
 
"O quadro adversário, do dia 22 do fluente é, indubitavelmente o mais forte conjuncto que se destaca entre todas as cidades visinhas. Nos seus "11" há uma uniformidade valorosa que tornará a disputa cheia de emoções."
 
> A DIRECTORIA RESERVA O DIREITO DE VEDAR A ENTRADA A QUEM JULGAR CONVENIENTE <.
 
Jornal "A UNIÃO" - NUMERO 8-ANO I-28 DE NOVEMBRO DE 1931
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