sexta-feira, 24 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-246: DOURADO - CENSO DE 1960

O JORNAL DE BOCAINA
ANO III - 8 DE JANEIRO DE 1961 - NUMERO 322
 
NOTICIAS DE D O U R A D O
MUNICIPIO DE DOURADO - E. S. DE PAULO
RECENSEAMENTO DE 1960
1º de Setembro
DADOS SÔBRE A SEDE MUNICIPAL
Encontradas 2.429 pessoas, em 524 famílias; média por família - 4,63 pessoas
Das 2.429 pessoas 42 eram "não morador presente". Assim, DOURADO, sede municipal, tem 2.387 pessoas.
1.232 do sexo masculino e 1.197 do sexo feminino;
2.312 de cor branca, 68 de cor preta, 1 amarelo e 48 pardos;
2.300 brasileiros, 62 italianos, 42 espanhóis, 9 portugueses, 8 austríacos, 4 sírios, 2 poloneses, 1 tcheco e 1 japonês.
363 analfabetos ( idade escolar: 7 e mais anos).
 
DADOS SÔBRE A ZONA RURAL
Encontradas 3.211 pessoas, em 631 famílias, com a média de 5,09 pessoas assim: 1.652 masculinas e 1.559 femininas.
3.160 católicos romanos, 44 protestantes, 5 espiritas e 2 sem religião.
2.833 brancos, 261 de cor preta e 117 pardos.
3.117 brasileiros, 47 italianos, 30 espanhóis, 11 portugueses, 1 tcheco, 2 argentinos, 1 polonês, 1 austríaco e 1 belga.
1.180 analfabetos (idade escolar|: 7 e mais anos).

DADOS TOTAIS DO MUNICIPIO
População exata do município em 1º de Setembro: 5.598
2.865 do sexo masculino e 2.733 femininos.
5.487 católicos romanos, 74 protestantes, 29 espiritas e 8 sem religião.
5.114 brancos, 322 pretos e 116 pardos.
5.378 brasileiros, 109 italianos, 72 espanhóis, 20 portugueses, 2 argentinos, 3 poloneses, 9 austríacos, 1 belga e 4 sírios.
1.543 analfabetos( idade escolar de 7 e mais anos).

ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS

terça-feira, 21 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-245: A NOSSA REVISTA - Final

: CÍRO MARCONDES DE REZENDE :

A ESTRADA DE FERRO DOURADO, nasceu em Brotas, em uma fazenda de café.
Foi ali que o inesquecível CÍRO MARCONDES DE REZENDE fez seus primeiros ensaios, com uma pequena ferro-carril. Mais tarde, vindo para DOURADO, e sempre animado pelo seu espirito de progresso, teve a idéa de dotar esta cidade com uma estrada de ferro e, associando-se dr. GABRIEL DE REZENDE, solicitou do provéto engenheiro dr. HOMEM DE MÉLO, um estudo baseado na máxima economia e na mais aperfeiçoada técnica possível. Apareceu o projecto com o respectivo orçamento, e logo a seguir estava confiada ao mesmo engenheiro a construção dos vinte quilômetros que separavam DOURADO de RIBEIRÃO BONITO.
Terminado esse trecho, embora fossem deficitários ainda os orçamentos da pequena estrada construída, CÍRO M. REZENDE pensou em ir mais além, e dentro em pouco chegava a BOA ESPERANÇA. Grandes foram então as dificuldades que lhe embaraçavam a atividade. Longe de encontrar entre o povo que a nova estrada de ferro ia servir  aquela esperada simpatia que as populações progressistas são pródigas em manifestar, viu-se guerreado por todos os meios , devido o traçado da C. D., passando por DOURADO, elevar ao duplo a distancia que, em linha réta sendo apenas de vinte quilômetros passava a ser de quarenta e dois. Longe de desanimar, CÍRO MARCONDES DE REZENDE, distribui agentes por toda a zona e dentro de algum tempo, as estradas de rodagens não mais concorriam com a nova estrada de ferro. E os orçamentos melhoraram, animando o denodado homem do progresso a levar mais longe a C. D.
Atravessando matarias sertanejas, onde as onças davam caça aos homens do trabalho, lá foi a DOURADENSE com sua bitolinha de 0,60 cts. em demanda à IBITINGA.
Depois dissofoi que surgiram os núcleos coloniais, fundados pelo dr. CARLOS BOTELHO, a esse tempo Secretario da Agricultura do Estado. E aos poucos, a zona se povoou e tornou-se o que todos hoje podem admirar.
A linha de ITAPOLIS, a de BARIRI e, por fim o ramal de JAÚ, foram complemento, como sequencia lógica do homérico esforço de um homem que nunca sentiu desanimo ao enfrentar as maiores dificuldades.
Os habitantes da zona servida pela DOURADENSE, devem todo o seu progresso ao homem que recordamos. Não fôra ele e não teríamos por aqui talvez um simples quilometro de estrada de ferro, pois outro, não se animaria a tamanha tarefa, sabendo de antemão, que os capitais empatados não teriam a sua justa compensação, em virtude da concurrencia que se evidenciava e que aí existe a tolher o desenvolvimento normal da estrada. E para comprovar este acerto basta examinar os relatórios publicados anualmente.
Somente um homem do feitio especial de CÍRO MARCODES DE REZENDE, poderia iniciar e concluir um trabalho desta natureza. Outro, que tivesse apenas em mira os lucros a auferir, não teria, por certo, coragem para fazer o que aí está. É uma obra gigantesca, que foi levada a seu termo, por um brasileiro, cujo nome deve ser relembrado como verdadeiro símbolo do trabalho.
O BRASIL precisa de mais filhos desta pujança.
É com eles que terá de contar na formação da sua maior grandeza.
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Um trem de gado original
 
Há dias tive um pesadelo verdadeiramente exquesito e tão  hilariante, que até hoje, quando delle me lembro, não posso deixar de expandir-me numa estrepitosa gargalhada.
Deitara-me nessa noite sob o peso de um opíparo jantar, cuja digestão  sérios conflictos, por certo, me estava occasionando nas "regiões intestinas".
E, tomado de insomnia procurei lêr qualquer cousa monótona para mais rapidamente reconciliar o somno.
Passei então, as vistas sobre o "Tico-Tico", "Histórias de Fadas", "Contos da carochinha" e por fim, "Código da Policia Sanitaria Animal". E, quando conseguia chegar ao final das disposições sobre embarques de gado, comecei a pestanejar com a morosidade do somno, que minutos após cerrava-me as pálpebras.
Sonhei então, que havia sido nomeado Chefe do Movimento e, logo no meu primeiro dia de trabalho, tinha sobre a meza, para providenciar, uma requisição dum trem especial para o transporte de 200 bois.
Sentia-me inmensamente embaraçado, não sabendo o que deveria fazer para providenciar esse especial.
E, meio aturdido, já maldizia a má hora que acceitára semelhante cargo, pois a situação  em que me achava era das peiores; estava metido em palpos de aranha ou em camisa de onze varas.
Passei a rebuscar no escriptorio tudo que se referisse a esse transporte, até que deparei emfim, com uma solução! Exclamei -: Eureka!!
Encontrára numa das gavetas da escrevaninha de meu antecessor o "Código de Policia Sanitaria Animal".
Numa leitura rápida mas precisa, devorei as suas paginas, e inteirando-me das determinações desse "Código" para a organisação dum trem de gado, que, no Capitulo XV, vão do art. 97º. ao 108º., comecei a anotar:
O art. 104, menciona:
a) § 1º, alínea a): "A área mínima para cada animal deve ser de 2m,56cms. X 0,90cms, ou sejam 2m. 30cms 2".
Tendo uma gaiola dupla 23ms2, em cada gaiola deviam ser collocados no máximo 12 bois.
Para aquele transporte precisaria pois, de 18 gaiolas duplas!
b) §2º:- "Deverá haver 1 tratador para cada 20 bois". Seria preciso então , uma "esquadra" de 10 homens, ou seja um quarto das lotação dum carro-salão de 2ª classe.
c) §3º:- " A ração diária a cada animal será de 36 kilos (com o excesso previsto no §4º).
Para cada 10 bois, seriam preciso 360 kilos de forragem secca, ou seja uma insignificância de 7.200 kilos para os 200 bois, que corresponde, nada mais nada menos, à lotação de um vagão pequeno!
d) § 5º:- "A quantidade de agua para cada animal será de 45 litros".
Logo, para os 200 bois, seriam precisos 9.000 litros desse liquido ou sejam dois tenderes cheios!!
Achára muito extranhas taes instrucções, pois, estava certo de nunca ter visto uma composição semelhante!...
Mas... "dura lex sede lex"; eram as instrucções que deveria seguir.
Organisei então, dois trens, com as locomotivas 16 e 17, tendo cada um deles a seguinte composição:
 - 9 gaiolas duplas, 1 vagão pequeno para levar a forragem para o gado, 1 carro de 2ª classe para conduzir os "tratadores", e um tender para fornecer agua aos animaes!!!,,,
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E assim, foi tudo cumprido.
No dia seguinte porem, logo pela manhã fui chamado à toda pressa para acudir à sério conflicto que se passava na estação de TRABIJÚ.
Levantei-me sobresaltado e corri ao local. Tive então, de apreciar um tumulto enorme! Compacta massa de moradores de TRABIJÚ em disputa de logar na plataforma se esmurrava, e cada vez mais se comprimia pelas paredes da estação à chegada de um trem.
Pensei logo tratar-se de curiosidade excessiva por viajar talvez, algum vulto eminente...
Mas, reparando bem, vi que não era trem de passageiro e sim de cargas, e pelo apito parecia-me ser a loc. 16 ou 17!
E ao approximar-me... oh! que "banalidade"! verifiquei ser o "trem especial de gado, organisado de acordo com o Código de Policia Sanitária Animal" que havia attrahido  toda aquella gente que, desde longo annos, nunca tinha visto um "especial de accordo com a Lei n. 2.172, 28 de Dezembro de 1926!!
Intrigado porem, com aquella singular ocorrência, chamei um auxiliar e perguntei:
- O que essa gente tanto admira?! respondendo-me elle:
- É que o transporte de 200 bois, sempre foi feito, apenas com especial  de 10 gaiolas e uma locomotiva!!!
Diante disto, tão pasmo e estupefacto fiquei que accordei daquelle horrível pesadelo!!!
EUMESMO
 
























UM TREM DE GADO EM TRAÇÃO DUPLA EM TRABIJÚ - LOCS. 16 e 17
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O aperfeiçoamento mecânico, tem, nos tempos hodiernos extraordinária vantagem sobre os rústicos aparelhos de entanho que exigiam maior esforço físico dos seus manejadores sem o que nada produziriam e assim mesmo apresentavam falhas, que, hoje, os olhos perquirirtivos dos técnicos desvendavam ao primeiro golpe de vista. No entanto, os aparelhos modernos que tudo fazem com perfeição impecável, não podem prescindir do auxilio humano, desde os seus desenhos até serem postos em movimento..
Diante deste preambulo se conclue, que, o homem está em todas as atividades. O seu concurso se faz preciso em todos os empreendimentos.
Nas oficinas da C. D., onde as maquinas executam obras de alto valor, nota-se que inteligência humana ali, campeia, brilhantemente. As reparações são feitas com notável precisão, graças à criteriosa orientação dos mestres que ali se aplicam quotidianamente em labor fecundo. Dentre eles queremos destacar o sr. DIONISIO MURBACK, ajudante do chefe das oficinas, cujo cliché estampamos acima, com satisfação. 
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É com o mais intenso júbilo que estamos nesta coluna a fotogravura do sr. JOAQUIM TEIXEIRA DE OLIVEIRA, um dos chefes dedicados da Cia. DOURADO, que tem acompanhado os seus dias de progresso e revezes debatidos, prestes a se desligar do quadro ferroviário, visto que vai ter a sua aposentadoria ordinária, premio dos seus longos 30 anos de serviços.
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Locomotiva n. 1, de 0,50 cents. precursora do notável adiantamento da C. D. de hohe e que, em 1899, sob a ação vigorosa do imortal sr. CIRO MARCONDES DE REZENDE, veio despertar DOURADO, do letargo em que vivia, cooperando eficientemente para o seu progresso, para sua cultura, e tornando-o mais conhecido dos centrso adiantados. O mesmo aconteceu com as demais cidades por onde a maquina 1, ia passando, em demanda dos sertões, que agora são centros ativos.
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ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS
 
 

sexta-feira, 17 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-244: A NOSSA REVISTA - Parte 3


ADELINO FRANCO

O aparecimento d' "A NOSSA REVISTA" na arena da imprensa local, deve ser considerado como um acontecimento de importância, principalmente em meio do conglumerado ferroviário que ostenta o lábaro da grandêsa desta terra e que faz a grandêsa de outras cidades pela DOURADENSE.  
"A NOSSA REVISTA", como já o dissemos, não tem o feitio moderno, luxuoso, de outras congêneres que diariamente surgem no cênario maravilhosamente, deslumbrante, da gloriosa umprensa patrícia cooperando eficazmente no progresso dinâmico da cultura nacional.
A sua feição é mais a de um álbum em miniatura. Mas, néla encontrará o leitor algo de interessante, algo que caracteriza vivamente o quanto de esforço exigiu de todos os que mourejam nesta tenda de trabalhos, dentre os quais é justo e preciso se realce: o sr. ADELINO FRANCO, redator desta poliantéia, e do jornal que defende os interesses da falange valorosa e altiva dos funcionários da C.D.
Sob o seu concurso firme e luminoso, quais luzes a esparzir radiações dentro da noite, logramos vencer esta etapa da longa jornada que encetamos, se não recamada de adornos literários e de feitura que a fizesse deslumbrante na policrômia, aos menos pintada com as cores do realismo são e invariável. 
ADELINO FRANCO, não é o literato que busca em sua muza inspirações poéticas. É sim, o lidador da pena vibrátil, escorreita, cuja principal preocupação é a de alevantar cada vez mais o bom nome que desfruta  n'uma área grandiosa a Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO, e o seu numeroso corpo de funcionários, baluartes incansáveis do seu progresso.
Os seus artigos pontilhados de ensinamentos, expostos à leitura dos numerosos assinantes d'"A UNIÃO", têm aqui despertado interesse e acatamento invulgares, dado a precisão por que são traçados, sempre enquadrando objetivos preciosos.
Por tudo isso, e, por mais inúmeros motivos que dar-me-iam inspiração a redigir diversas colunas sobre sua pessôa, vejo-me no gratíssimo dever de fazer lhe estas linhas cheias de palidês, para de envolta ao seu cliché, aplica-las como vinhetas esplendidas.
CORREA E SILVA
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FUNCIONÁRIOS DISTINTOS
 
Resplandecem nesta pagina em dois ótimos apanhados fotográficos, o operosos funcionários da ESTRADA: dr. ALEXANDRE C . COCOCI, ilustrado Chefe da Linha, que, desde a sua entrada para o alto posto que exerce, tem demonstrado competentíssimo em todas as suas atribuições, procurando sempre dar à sua secção um cunho de excelente administração. 
Dr. ALEXANDRE COCOCI, é um desses espíritos bem formados, cuja inteligência radiosa não se localisa somente na periferia dos empreendimentos. É um desses homens ideados por Carlyle, a quem a Providencia o galardôa com sôpros vivificantes, na nobilíssima ambição do saber e da virtude.
E com esses dotes preciosíssimos, s. s. logrou destacado lugar no meio ferroviário cedêano e no escól de DOURADO.
À sua direita está o sr. DOMINGOS FRONTEIRA, secretario da Chefia da Linha, que valiosos serviços tem prestado à ESTRADA, sob aplausos dos seus chefes, que veem em s. s. o funcionário zeloso e correto. De pé, o sr. EDMUNDO ROIZ, esforçado auxiliar do Escritório da Linha.
 
No cliché abaixo, vemos, sentados: à direita, o sr. CARLOS LEMOS, funcionário antiquíssimo da C. D., que exerce o honroso cargo de escriturário da Locomoção, com rara proficiência e retidão. Ao centro, o sr. HERMINIO O. DE SOUZA,  Chefe da Secretaria da Caixa de A. e Pensões da C. D., cavalheiro distinto e senhor exemplar de conduta, predicados que o torna acatado pelos seus chefes e colegas.  À sua esquerdao sr. HERCULANO DE ANDRADE, escriturário da Superintendência, cargo em que se vem desenvolvendo ativamente. Sobre os seus dotes cavalheirescos furtamo-nos de dizer porque, tais, ele os possue. De pé, os jovens DILERMANDO C. ARAUJO e JOSÉ GULLA NÉTO, datilógrafos da Superintendência e da Secretaria da Caixa de A. e Pensões, respectivamente; ambos muito prometem vencer os embates da vida com galhardia, dado aos seus belos comportamentos e dedicação no serviço.
C.S.
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A fotografia ao lado, mostra-nos um dos trechos em construção da Estrada de Ferro Novo Horizonte, que partindo de Ibitinga, passa por Borborema e alcançará a cidade que lhe empresta o nome, num percurso de 70 quilômetros.
S. Paulo progride de minuto em minuto. 
   
 
 
 
 
 
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Dois bélos flagrantes da magestosa estação de JAHUADOURADO, apanhado por ocasião
de uma vista que ali fizeram os srs. drs. WALDERICO VÉRAS e A. C. COCOCI
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Já em 1918, a Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO, tinha excelente corpo de funcionários. No cliché vê-se um grupo de ferroviários, em redor do sr. MIGUEL PLACERES e outros altos chefes. 
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O cliché acima representa-nos um grupo de funcionários da C. D., fotografado em 1908.
Ao centro vemos os sr. ANTONIO SIMÕES, chefe das oficinas.
 
ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS

terça-feira, 14 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-243: A NOSSA REVISTA - Parte 2

 AS OFICINAS DA C. D.

Quizeramos descrever nesta pagina minuciosamente tudo o que existe dentro das oficinas da C. D.  No entanto, furtámos dessa tarefa, porque, para nós que desconhecemos tal formação mecânica, si tentássemos na empresa teríamos de vê-la fracassada pelas falhas que apresentaríamos na descrição dos maquinismos e suas utilidades. Porisso, limitamos afirmar  que: as oficinas da C. D., são dotadas de aparelhos mecânicos modernos que permitem a reparação ali mesmo, de locomotivas que antigamente precisavam ser levadas alhures.
Dentro do casarão que o cliché abaixo representa, trabalham diariamente centenas de operários, verdadeiros espíritos construtores do progresso da ESTRADA, sob a orientação fecunda do sr. JOSÉ PLACERES, que, em tão nobre mistér conta com a cooperação extraordinária de vários auxiliares de sua confiança.
 
O aparelho que vemos no cliché que centralisa-se nesta pagina, é um torno mecânico destinado a tornear cilindros internamente, confeccionado nas oficinas da C. D., sendo um notável melhoramento ali introduzido.
 
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HONRA AO MÉRITO
 
Escrevermos nesta pagina com toda amplitude sobre a personalidade dos chefes que figuram nos flagrantes abaixo, e também sobre o valor dos auxiliares que os rodeiam seria para nós u'a tarefa ingente, si bem que reconheçamos os seus merecimentos.
Mas, achamos desnecessário, porquanto, pela fórma singéla porque vamos nos expressar, o leitor poderá concluir sem esforços do quanto eles são uteis à ESTRADA e á sociedade em que convivem.
 

Sentados, ao centro: sr. BENEDITO DE OLIVEIRA; à sua direita, o sr. ARISTIDES GONÇALVES RIBEIRO, e à esquerda, o sr. CAMILO PEREIRA MACEDO. De pé, da direita para esquerda, os srs. ADELINO FRANCO, OSVALDO PLACERES e RAUL CUNHA.

 
Sentados, ao centro: sr. GAUDENCIO DEL CIEL, à direita, o sr. ALFREDO C. ARAUJO, e à esquerda, o sr. ANTONIO D'ANGELO. De pé, à esquerda, o sr. ANTONIO FOSCHINI, e à direita, o menino ANTONIO CARLI.
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BENEDITO DE OLIVEIRA - Chefe do Trafego - Dentro do seu elevado cargo tem, como noutras posições que ocupou na C. D., se conduzido por u'a linha sem sinuosidades e com a mais lucida correção, demonstrando a todo instante o seu tirocínio administrativo competentíssimo, a par de uma inteligência sadia capaz à resolução dos problemas mais intrincados.
O trato lhano que s. s. costuma dispensar aos seus subalternos, tem-lhe valido as melhores simpatias, tornando-o chefe benquisto em todos os setôres da ESTRADA. As suas ordens, sempre foram e são conscienciosas; jamais deixaram de vizar o engrandecimento de sua pasta administrativa, fatos que lhe firmam de modo notável no conceito da ilustrada administração da Cia., e no seu posto destacado ao qual chegára a custa do seu saber e honesta impoluta.
Como cavalheiro é simplesmente admirável.
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CAMILO MACEDO - Auxiliar do Trafego -  O posto que s. s. ocupa na ESTRADA, define claramente; insofismavelmente o quanto a hombridade e polidês existem em sua pessoa, adornos estes que são os melhores apanágios que devem existir no homem. A sua atuação no cargo que lhe foi confiado tem sido luminosa e acatada.
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ARISTIDES RIBEIRO - Chefe do Serviço do Café - Que diremos deste gentilhomem? ARISTIDES RIBEIRO, é um dos funcionários da C. D., que melhor conceito gósa de seus superiores hierárquicos. Homem talhado à retidão dos seus atos, encarando com inteligência as suas atribuições, s. s. se há graduado por isso e pela perseverante vontade de vencer as vissicitudes da vida com tenacidade imperecível. Espirito bem formado, dono de cultura sã, ARISTIDES RIBEIRO, que é colaborador assíduo d' "A UNIÃO", bem merece o posto que vem ocupando na Cia. DOURADO
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ADELINO FRANCO - Escriturário do Trafego - Este nosso grande amigo e redator desta revista, é ao nosso vêr o homem que se caracterisa em todos os passos da vida, pela sua genial e impecável conduta, ligada aos sentimentos altruísta e à viva vontade de fazer bem aos seu próximo sem interesses brumosos.
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RAUL CUNHA - Auxiliar do Serviço do Café - Dotado de espirito réto, trabalhador incansável este distinto moço, é um cedêano que muito faz jús ao cargo que lhe foi confiado, no Escritório do Trafego, onde a sua atividade se circunscreve com brilhantismo. De educação aprimorada e cumpridor dos seus deveres, s. s. é por isso estimadíssimo dos seus chefes e colegas.
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OSVALDO PLACERES - Este menino-homem, como o consideramos, é uma das mais rútilas esperanças da distinta família PLACERES. As suas verdes primaveras já pontilhadas pelo labor quotidiano é uma perspectiva promissora do seu sucesso no futuro. Nós o admiramos com sinceridade e por isso, desejamos, vê-lo cintilando na constelação radiante dos grandes homens de amanhã que hão de suster o progresso da C. D., pedra angular da sua estabilidade.
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ALFREDO CARVALHO ARAUJO - Caixa e Pagador - É este um dos nomes inesquecíveis na Cia. DOURADO, porquanto além de individualizar um caráter austero e retilíneo e um conceito sólido, vem se registrando desde os primórdios da história desta ESTRADA.
Na C. D., o seu passado é a prova insofismável do quanto merece; o seu presente o testemunho sincero da grande estima que lhe é dedicada por todos os ferroviários; o seu futuro a feliz continuidade da diretriz digna que, sob ferrenhos princípios de retidão, vem seguindo.
O elevado cargo que há vários anos vem desempenhando com verdadeira dedicação, significa confiança absoluta que lhe deposita a Diretoria da ESTRADA, cousa aliás, que,  já sabemos, bem o merece.
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GAUDENCIO DEL CIEL - Almoxarife - Necessário não se tornaria realçarmos as excelentes qualidades peculiares à pessoa, cujo nome margeamos, porque o amplo conhecimento em  que é tido na C. D. já tudo expressa com inconfundível clarividência.
Falarmos que s. s. subiu galhardamente os degraus da complexão ferroviária, com cadencia e firmeza e de fonte altiva, seria confirmar ainda mais, o que já se conhece a seu respeito; falarmos que o seu inabalável critério e a dignidade que o caracterisam levaram-n'o à toda consideração na C. D., seria realçar o que já em típica compreensão se tem diante dos olhos; e falarmos finalmente, tudo o que aqui desejamos dizer de s. s., é confessar não possuirmos expressões capazes.
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ANTONIO D'ANGELO - Auxiliar de Almoxarife - Sim bem que date de pouco tempo a sua admissão na ESTRADA, s. s. tem se revelado competente na sua atribuição, motivo que o torna estimado pelos seus chefes e abre-lhe caminhos à ascenção de postos.
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ANTONIO FOSCHINI e ANTONIO CARLI - O concurso que estes dois funcionários prestam no almoxarifado, tem grande importância e isso lhes valem bôas recomendações dos superiores que sempre hão de lhes dispensar atenção sincera.
C. e S.
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Estação de Dourado, cujo chefe atual é o distinto cavalheiro sr. NICOLAU DE CIÉL
 
                                                                
                                                                                           
ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS

sábado, 11 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-242: A NOSSA REVISTA - Parte 1

 
 

" A NOSSA REVISTA "
Todos os esforços para espiritualisação, devem merecer o nosso apoio`.
É por este motivo que não me neguei a escrever estas desataviadas linhas de incentivo aos nobres moços que trabalharam para a fundação da "A NOSSA REVISTA", que além de cuidar dos assuntos ferroviários, apresenta composições literárias, etc.
Estes criteriosos moços, foram incitados à fundação da presente revista impelidos por muitos nobres fins, como o da união da classe dos ferroviários e da espiritualisação dos jovens de DOURADO, por meio de sua consagração aos assuntos literários.
Teríamos um grande resultado, para o nosso país, se este exemplo apresentado pelos fundadores desta revista, fosse imitado, se todos compreendessem que uma união das classes, e que com um fim nobre, a espiritualisação dos homens são motivos de grande valor, para a elevação dos povos, que decaem, quando nêles predomina a indiferença para com o espirito.
Não devemos ser indiferentes, diante da idéa dos nossos ardorosos, que, tiveram a bela iniciativa de organisarem uma revista que tem o fim da pratica de uma das bélas virtudes humanas, a fraternidade, e a elevação da parte superior do ser humano por meio dos trabalhos da inteligência e das composições literárias.
Devemos empregar as nossas energias para que este trabalho a favor da fraternidade, não esmoreça e. pelo contrario, se revigore, como, também, para que este desejo da nossa elevação mental que estes moços pretendem incentivar, seja premiado com os mais bélos frutos.
A fraternidade dos homens, deve ser apoiada por todos os espíritos elevados, acima da matéria, por todas as almas, que se afastam, além das baixezas deste mundo, que aspiram pela vida superior, para que fomos creados por Deus.
Devido a falta de fraternidade dos povos, é que a Humanidade está atirada na espantosa decadência, em que a vemos prostada, de que, não sairá,  apezar dos esforços dos sociólogos e economistas, enquanto, néla perdurarem as sentimentos do egoísmo e de indiferença, para com os seus semelhantes.
Nésta época, em que a Humanidade está apegando-se ao materialismo destruidor, que é a causa  do abatimento das sociedades, o desejo dos nobres promotores desta revista, que é cuidar dos assuntos espirituaes, cheios de elevação de vistas, merece um grande incentivo, e os nossos maiores apoios.
Devemos cuidar da união entre os homens e as classes sociais, com fins elevados, como o dizem pensadores eminentes, devemos ter grande zêlo pela virtude da fraternidade, ensinada por Jesus Cristo, que nos deu bélos exemplos da pratica da mesma e cuja imitação, poderia modificar a nossa vida presente, acabando com as guerras, as revoluções, a exploração da pobreza, a miséria dos países, que causadas pelo egoísmo e a desunião.
Nesta época, em que, estamos recebendo as amargas lições da vida materialista, com as falências, sem numero, com a miséria dos povos, com o esmagamento das nações, pelo abandono das idéas superiores, voltemos as nossas energias para a espiritualisação das raças, para a elevação mental, dos homens, as quais serão as bases da grandeza dos povos, segundo grandes pensadores.
Precisamos cuidar da parte material, da nossa vida, do nosso corpo, da nossa matéria; necessitamos cuidar da aquisição dos bens materiais, do conforto durante as nossas existências, mas, não devemos descurar da parte superior do nosso sêr, do nosso espirito, que é a prte imortal do homem, e que foi creado com destinos superiores à matéria, como nos convenceremos se nos apegarmos aos estudos filosóficos.
Não devemos ser extremistas, nem nos consagrarmos somente, à matéria corruptível, como o fazem os materialistas que arruinaram o mundo, com o seu desiquilíbrio mental, nem como os espiritualistas exagerados, que, somente cuidam dos seus espíritos, e do cultivo das suas faculdades mentais, e, passam dias amargosos, na maior dependência, e muitas vezes, têm na mais negra  miséria, como uma consequência, pelos bens materiais.
Precisamos ter um grande equilíbrio, na nossa maneira de pensar, não nos apegando  ao materialismo reinante que, somente, cuida do poder, do dinheiro, e do gozo presente, e que põe, em segundo plano, a elevação mental do homem, a fraternisação dos povos, que poderiam estirpar a desgraça que nos acabrunha, os caneros que esfacelam as nacionalidades.
Devem merecer os nossos aplausos, os srs. ALEIXO CORRÊA E SILVA e ADELINO FRANCO, respectivamente Diretor e Redator, pela formosa iniciativa que tiveram, fundando a presente revista, que tem os nobres fins de estreitar os laços de solidariedade da classe ferroviária, e a elevação dos espíritos dos jovens da sociedade DOURADENSE.
No louvável intuito de decorar a primeira pagina da "A NOSSA REVISTA", muito bem se houveram, em estampar o retrato do esforçado e digno Superintendente, Dr. WALDERICO C. VERAS, significando a homenagem que desejam prestar.
Devemos esperar que a sociedade DOURADENSE, gentil como é, saberá dar um grande apreço à formosa iniciativa dos jovens que citamos, e não os deixará esmorecer na tarefa do altruísmo, que os mesmos encetaram, no lindo campo das letras.
GODOFREDO AUGUSTO DE PADUA E CASTRO
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VULTOS INESQUECÍVEIS
Reproduzem os clichés acima, dois grupos apanhados no dia 5 de Novembro de 1931, na ocazião em que estiveram nesta cidade, para assistir uma reunião da Caixa de Aposentadorias, os srs. ARISTIDES MARCONDES DE SOUZA, ALFREDO CARVALHO BRAGA  e dr. ALEXANDRE PUECH, respectivamente Chefe do Escritório Central e Contador da Cia. DOURADO e o Consultor Jurídico daquela Caixa.
Para aproveitar a sua estadia em DOURADO, foram Sa. Ss. convidados pelo dr. WALDERICO C. VERAS, digno Superintendente da C.D. a visitarem diversos departamentos da ESTRADA e a cachoeira do BEBEDOURO, recentemente adquirida pela Cia. DOURADO.
O primeiro grupo representa os srs. dr. WALDERICO C. VERAS, ARISTIDES MARCONDES DE SAOUZA, ALFREDO C. BRAGA, dr. ALEXANDRE PUECH, respectivamente Superintendente, Chefe de Escritório Central, Contador, Consultor Jurídico da Caixa de Aposentadorias. e Pensões, todos os Chefes de serviço da ESTRADA, e também o sr. JOÃO SALES,  Chefe do Movimento.
O segundo cliché, representa as mesmas pessoas e mais o Encarregado da Caixa de Aposentadorias e Pensões, sr. HERCULANO O. SOUZA, que estão sobre o girador de locomotivas de DOURADO.
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Na história da Cia. DOURADO, nomes existem que nunca se pode esquecer, não só pelas pessoas que representam, mas também pelos relevantes serviços que es'as prestaram e vêm prestando.
Entre estas brilhantes figuras, verdadeiros propulsores do engrandecimento da C.D., fazemos surgir o sr. ALFREDO C. BRAGA, incansável e esforçado Contador, e ainda o sr. ARISTIDES MARCONDES DE SOUZA, dotado de caráter integro, individualmente sã, coração generoso e justiceiro, virtudes estas que, embora encobertas pela sua inconfundível modesta, granjearam-lhe o mais alto gráo de estima de todos os funcionários da C.D.
Outro nome que, com o máximo prazer, citamos, é p dp dr. ALEXANDRE PUECH, o fundador da Caixa de Aposentadorias e Pensões, onde já também prestou os seus melhores serviços como Gerente, Chefe da Secretaria e Consultor Jurídico.
Excusado se torna realçar quaisquer das qualidades que caracterizam a pessoa do dr. ALEXANDRE PUECH, porquanto, todos nós, já bem o sabemos que foi ao amparo  valioso dos seus incansáveis trabalhos, que nasceu e deu seus primeiros passos para a organisação perfeita que hoje se vê, a grande sociedade de beneficência dos ferroviários da C.D., Caixa de Aposentadorias e Pensões, já bem o sabemos também, o coração magnânimo que vibra com toda a sensibilidade de sua elevada alma; já bem o sabemos ainda, a luz benéfica que se irradiou daquele brilhante intelecto, para a ótima orientação jurídica da Caixa de Aposentadorias, cuja diretriz, em seus nove anos de existência, obteve sempre plena aprovação do Conselho Nacional do Trabalho.
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Assim pois, cumprimos o grato dever de declarar  de nos sentirmos honrados e orgulhosos por dirigir a "A NOSSA REVISTA", que pertence a uma classe que tem em seu meio, elementos de tão elevada distinção.
C.e S.
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OS INCANSAVEIS
A Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO, dadiva grandiosa do super-homem CIRO MARCONDES REZENDE às populações da zona a que serve, de tempos a esta parte  tem experimentado sensíveis desenvolvimento. Quando administrada por aquele saudoso patrício roubado à humana lida pela morte implacável, a sua marcha tinha um fim mais de avançamento de trilhos do que modernizador. A sua vontade imperecível era a de ver os seus trens avançarem sertão adentro, rompendo todas as dificuldades, embora com pessoal diminuto.
E venceu.
Sob as suas vistas a C.D. chegou a Itápolis, Ibitinga e Bariri, cidades que a quatro lustros mais ou menos não possuíam tão importante meio de transportes.
Ação portentosa foi a sua.
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Hoje, a C.D. é outra, em comparação bem analisada.
Os clichés que ilustram esta pagina, são uma das provas do que afirmamos. Nelês, vemos: ao centro, sentados o ilustre dr. WALDERICO C. VERAS, ladeado pelo sr. JOSÉ PLACERES esforçado Chefe das Oficinas; atrás, de pé, os srs. ROMÃO LUCENA, JOSÉ FERREIRA, DOMINGOS PIZANI, ARTUR f. IZABEL, DOMINGOS SALVADOR e JOÃO GREGORIO; na plataforma do carro, os srs. CARLOS LEMOS, JOSÉ CASEMIRO, GUILHERME MURBACK, ROBERTO FANTINI, DIONISIO MURBACK e LEONARDO RUSSO, dedicados e conceituados chefes de secções que exercem nas oficinas atividades profícuas.
Em baixo, veem-se o numeroso e inteligente corpo de operários do grande departamento mecânico da C.D.
Todas essas figuras que ornamentam esta pagina d' "A NOSSA REVISTA", constituem a legião dos INCANSAVEIS obreiros do progresso da Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO.
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 ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS
     
 
 

quarta-feira, 8 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-241: COMERCIÁRIOS DOURADENSES

 
INCENTIVANDO A APRENDIZAGEM COMERCIAL
02/07/1949
Solenidade entrega de diplomas aos alunos do Núcleo da "UNIVERSIDADE DO AR" de DOURADO.
DOURADO,6 - Procedentes de São Paulo, chegaram nesta cidade, às 15 horas de 2 do corrente, em avião, os drs. JOÃO PACHECO CHAVES, diretor geral do SENAC e RUI MARTINS, assistente das presidências dos Conselhos SENAC e SESC.
Às 19 horas, foi oferecido um jantar aos ilustres hospedes, no HOTEL RECREIO. Tomaram parte inúmeras pessoas, tendo usado a palavra o dr. JOSÉ BUZÁ, prefeito municipal. 
Às 20 horas, no Salão do "DOURADO CLUBE", realizou-se  a entrega de certificados aos comerciários que cursavam o núcleo da "UNIVERSIDADE DO AR", curso radiofônico mantido pelo SENAC. O ato teve a presidência do dr. JOÃO PACHECO CHAVES, diretor geral do SENAC, tendo participado da mesa o sr. dr. JOSÉ BUZÁ, prefeito municipal e presidente do Conselho local da "UNIVERSIDADE DO AR", FRANCISCO BORJA CARDOSO, DOMINGOS FARO, delegado regional de Ensino em Ribeirão Preto, vereador JOSÉ PANZA, prof. ADELINO FRANCO, PLACIDO BRAGA e srta. LAVISE BRAGA BUZÁ, ex-professora da "UNIVERSIDADE DO AR" e o dr. RUI NOGUEIRA MARTIS, assistente da presidência do Conselho Regional do SESC e do SENAC.
Abriu a cerimonia o dr. JOSÉ BUZÁ, que passou a presidência ao dr. JOÃO PACHECO CHAVES, o qual após ligeiras palavras, procedeu a entrega dos diplomas aos alunos-comerciários: ARISTIDES POMBANI, INDALÉCIO FOSCHINI, DURVALINA PALOSCHI, IRIS DICTORO, MARIA APARECIDA C. MENIN, CAROLINA GREGORIO, TORQUATO BRAGA NETO, IRMA SCIARRETA, PAULO BRAGA, TEREZINHA PINHANELLI, ALIRDE TEREZINHA FERNANDES, IRINEU VERGAÇAS, ALDA MACOR, MARIA APARECIDA BERTUCCI, ANTONIO MUNHOZ, CELSO FATORI, AVELINO BALDIM, EVANILDO FERREIRA ISABEL, JOSÉ GERALDO, TARCIZO MODENUTTI, SILVIO APARECIDO CASADEI, ANGELO FOSCHINI NETO, IRINEU CANDIDO, GUMERCINDO FAZAN, TEREZINHA ERCILIA TAVANO, PEDRO APARECIDO MACOR, GERALDO FRANCO BARBOSA, SEBASTIÃO PUTOMATI, NILZA MARIA DE OLIVEIRA ALCARAZ, IDERME TENCA, ANIBAL POÇO, JOÃO PENHA MARTINS, ARAÍDES RECANELO, ALZIRA ANIZELI, JOAQUIM ANTONIO DA SILVA, WALDEMAR DA SILVA e RUBENS ANTONIO DE LUCAS.
Fizeram uso da palavra em seguida o paraninfo prof. ADELINO FRANCO, a srta. IRAÍDES RECANELO, oradora da turma, e os srs. PLACIDO BRAGA, da "UNIVERSIDADE DO AR" e DOMINGOS FARO, enaltecendo a obra educativa que vem sendo realizada através do SENAC, o dr. RUI NOGUEIRA MARTINS, que em nome do presidente do Conselho Regional, dr. BRASILIO MACHADO NETO, congratulou-se com os professores e com os alunos da "UNIVERSIDADE DO AR" e discorreu sobre os trabalhos que os órgãos assistenciais - SESC e SENAC - mantido pelo comercio vem desenvolvendo em pról dos comerciários e de todo a coletividade.
O diretor geral do SENAC, dr. JOÃO PACHECO CHAVES encerrou a significativa cerimonia.
ÀS 22 horas, deu-se inicio ao pomposo baile que terminou às primeiras horas da madrugada.
 
CORREIO PAULISTANO-Nº28.605, de 08/07/1949 e Nº28.606, de 09/07/1949.
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Em 21/11/1948, durante o curso...
EXCURSÃO À LIMEIRA
No dia 21 do corrente, seguiu para Limeira, a caravana SENAC, de 24 pessoas, chefiada pelo sr. LEONARDO RUSSO e pela sen
horita LAVISE BRAGA BUZÁ, presidente e professora assistente do Núcleo Receptor da UNIVERSIDADE DO AR, respectivamente, a fim de tomar parte na homenagem àquela cidade, pelos seus Sindicato do Comercio Varejista, Núcleo Receptor da Universidade do Ar, Associação Comercial e Industrial e Classes Conservadoras, ao deputado BRASILIO MACHADO NETO, presidente dos Conselhos Regionais do SENAC e do SESC, que se fez acompanhar de sua esposa, do dr. JOÃO PACHECO CHAVES, diretor geral do SENAC, JOÃO MARSIGLIA, inspetor, ADERBAL LEAL, assistente da presidência do Serviço Social do Comercio e outros altos funcionários.
Limeira, pelos homens ilustres que, patrioticamente, dirigem os seus destinos e as associações homenageadoras, honrou a tradição de sua gente, verdadeiramente culta e hospitaleira, nesta jornada de intercambio cultural, que marcou o entrelaçamento de amizades entre os povos limeirenses e DOURADENSES.
DOURADO esteve representado pelo sr. LEONARDO RUSSO, presidente da Camara Municipal; na pessoa do sr. ADELINO FRANCO, por honrosa incumbência do dr. JOSÉ BUZÁ, prefeito municipal e ALFREDO GONÇALVES, diretor do Grupo Escolar e auxiliar da inspeção.
Na Biblioteca Municipal o professor JOÃO PACHECO CHAVES deu a palavra à aluna do Núcleo, srta. TEREZINHA PINHANELLI que saudou em nome de seus colegas. No Clube Comercial, falou o dr. BRASILIO MACHADO NETO.  
Na partida de futebol em que se disputou uma taça, o quadro SENAC de Limeira venceu o SENAC de DOURADO, pela contagem de 2 pontos a 1.
Acontecimento doloroso - O sr. ADELINO FRANCO, em cumprimento de um dever de gratidão, integrando a caravana do SENAC, foi comunicado, através de telegrama recebido, o falecimento de sua mãe. Solicitou o sr. LEONARDO RUSSO que fosse encerradas as festividades. Entre os telegramas recebidos: "Surpreendido triste falecimento Senhora sua Mãe que prejudicou o brilho final festa Limeira, envio prezado amigo minhas condolências sinceras. BRASILIO MACHADO NETO".
 
CORREIO PAULISTANO-Nº28.421- de 30/11/1948.

 

FONTE: BNDIGITAL/CORREIO PAULISTANO
ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS/FAMILIA JOSÉ BUZÁ(Foto)

sábado, 4 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-240: MORRO CHATO - 02

1.966 - Prontos para a caçada:
Rio Jacaré Pepira (Heleodoro e Morro Chato)
BEBEDOURO - DOURADO
 
Em pé da E/D: FILÓ BRAGA, ZÉ DA ANA, AZUIR MARTINA, GERALDO GONÇALVES, FRANCISQUINHO, ZÁ ABARCA, CHICO CESAR, HELEODORO, AMERICO BOUFELLI e ZÉ GONÇALVES.
Agachados: RAFAELINO TAVANO e CARLINHOS ORTEGA
Fotografo: HELVIO "ROSQUINHA" VANNUCCHI 
 

Da E/D: CHICO CESAR, CARLINHOS ORTEGA, ZÉ DA ANA, FRANCISQUINHO, FILÓ BRAGA, AZUIR MARTINA, ZÁ ABARCA, RAFAELINO TAVANO e ZÉ GONÇALVES.
 
ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS