domingo, 10 de maio de 2020

CASA DOS PAPÉIS-249 - HOMENAGENS ÀS MÃES


MÃE !
Três dias antes da data,
comecei a imaginar
como o poeta escreveu
linda frase sem igual
doce, sublime e bela!
Feliz é quem pode dizer:
"Amo-a, mãezinha querida!
Quero sempre, nesta vida,
que viva para eu viver.
Bondoso Pai Celestial
que nos deu a mãe querida,
ela é o mais rico tesouro
que temos em nossa vida".
Infeliz, quanto são aqueles
que choram a amarga dor
porque sua mãe querida
não pertence mais a esta vida,
mora com Nossa Senhora.
"Se eu morrer, mãezinha, um dia,
lá no céu, entre os Anjinhos,
pedirei ao Pai Supremo
que ilumine seus caminhos,
conservando-a como agora,
vivendo entre a sombra da cruz, 
porque, mãezinha, eu quero
que venha morar comigo
no amplo reino da luz".

WALDEMAR PESSAN (A todas as mães)
JORNAL DE DOURADO-Nº295-ANO VI-DOMINGO, 14 DE MAIO DE 1967
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A MINHA MÃE
Esta mulher doce e meiga
Que me trata com carinho e amor
É minha Mãe
Que tem um perfume cheiroso como de uma flor.

Mãe, tu és o sol que conduz
A minha caminhada
És a luz
Que acende a minha vida apagada.

Tu és a rosa que Deus brotou na terra um dia
Para trazer o amor e a dedicação
É com alegria que crias
Pois moras e morarás eternamente no meu coração.

Mãe, tua voz é uma doçura
Como o canto suave do passarinho
Até agora só recebi amor, ternura
E também carinho.

Tu és a flor,
A flor mais bela do meu jardim
Teu perfume materno
É só para mim.

Antes do sol se pôr
Ouço o cantar das aves
Cada uma de uma cor
Mãe, tu és o meu caminho suave
Que é colorido com muito amor.

Dentro de ti
Só há bondade
Pois foi isso que até agora recebi
E receberei também na eternidade.

Tu és a margarida
Que mora no meu jardim
És a estrela querida
Que do céu desceu para mim.

Mãe, eu te amo com muita veneração
Pois o amor é a luz que Deus pôs para iluminar o mundo
Tu moras no meu coraçãoÉs o meu amor profundo.
 
O teu ar alegre ajudou-me a fazer
Estes versos lindos de ternura
E cheios de doçura
Pra te oferecer,
Não tenho mais nada a dizer
Somente mando-te mil beijos e abraços
E agradeço tudo o  que até agora recebi
Assim posso te agradecer
Nestes versos que fiz para ti.
 
ANA KEYLLA MUNHOZ
Do livro "ESPERANÇAS" - 1986
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HOMENAGEM À MÃE PRETA
Silenciosa, entrei calma
Tirei a trave da cancela
E o que vejo de repente
Rolando na face dela!...
 
Minha filha emocionada exclama!...
O que eu sito e vejo nela?...
Noite escura no semblante
Brilha luz, vive a estrela!...
 
Doce olhar, meiga derrama
Oscilante terna vela
Que a iluminar o horizonte
Deita luz na aquarela...
 
No coração traz a flama
Cor azul, verde, amarela
Hasteio nosso estandarte
Pinto a beleza da tela.
 
Mãe preta, mãe brasileira
Quanta ternura se evola
Desse pendão esvoaçante
Que mora no peito dela
.
Sagrada qual nosso emblema
Sua imagem desenrola
No peito do filho ardente
Todo amor que tem por ela.
 
E, ao deixar minha ama,
Em seu olhar volve a estrela
Que no cruzeiro cintilante
Orna o céu e a face dela...
 
(Poesia lembrando a dedicação daquelas que contribuíram junto dos nossos
pais. Amorosamente, deixo uma página de eterna gratidão)
MARIA JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS SANDOVAL
Do livro "O QUE AMO" - 2009
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ENVELHECER COM CLASSE
Remexendo um baú, onde guardo fotos antigas e lembranças. Não há como não transcrever na integra esse poema (ou oração) que me caiu nas mãos, cuja origem se perde nos tempos da Idade Média. Da autoria presumível de uma freira, foi descoberto entre as ruinas de um convento Medieval na Itália, segundo me contaram (só tenho o poema, sem nada que documente sua origem).
SENHOR
Sabes melhor do que eu que estou envelhecendo, e que mais dia menos dias, farei parte dos velhos.
Guarda-me daquela mania fatal de acreditar que é meu dever dizer algo a respeito de tudo e em qualquer ocasião.
Livra-me do desejo obsessivo de pôr ordem nos negócios dos outros.
Torna-me refletida mas não ranzinza, serviçal, mas não autoritária.
Acho uma pena não utilizar toda a imensa reserva de sapiência que acumulei por longos anos.
Mas bem sabes Senhor...
Faço questão de conservar alguns amigos.
Segura-me quando eu começar a desfiar detalhes que não acabam mais, dá-me asas para ir direto ao fim.
Sela meus lábios acerca de minhas mazelas e doenças, embora essas aumentem sem cessar, e com o passar dos anos, me de certo prazer enumerá-los.
Não me atrevo a pedir-te que eu chegue até a gostar de ouvir as outras, quando desenrolam as ladainhas dos próprios sofrimentos.
Mas ajuda-me a suportá-las com paciência.
Não me atrevo a reclamar uma memória melhor.
Dá-me porém uma crescente humildade e menos suscetibilidade quando a minha esbarrar na dos outros
Ensina-me a gloriosa lição de que pode até acontecer que eu esteja enganada.
Toma conta de mim.
Não é que tenha vontade de virar SANTA ( com certos Santos é tão difícil de conviver!). Mas um velho, além de velho amargo é com certeza umas das supremas invenções do diabo.
Fazes-me capaz de ver algo de bom onde menos se espera e de reconhecer talentos, em gente na qual estes não se percebem.
E dá-me a graça de proclamá-la.
AMÉM
ZEZÉ GERALDO MUNHOZ
Jornal "O DOURADO"-Nº75-ANO III-DOURADO, 20 DE ABRIL DE 1999 
 
ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS
   
 
 

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