sexta-feira, 17 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-244: A NOSSA REVISTA - Parte 3


ADELINO FRANCO

O aparecimento d' "A NOSSA REVISTA" na arena da imprensa local, deve ser considerado como um acontecimento de importância, principalmente em meio do conglumerado ferroviário que ostenta o lábaro da grandêsa desta terra e que faz a grandêsa de outras cidades pela DOURADENSE.  
"A NOSSA REVISTA", como já o dissemos, não tem o feitio moderno, luxuoso, de outras congêneres que diariamente surgem no cênario maravilhosamente, deslumbrante, da gloriosa umprensa patrícia cooperando eficazmente no progresso dinâmico da cultura nacional.
A sua feição é mais a de um álbum em miniatura. Mas, néla encontrará o leitor algo de interessante, algo que caracteriza vivamente o quanto de esforço exigiu de todos os que mourejam nesta tenda de trabalhos, dentre os quais é justo e preciso se realce: o sr. ADELINO FRANCO, redator desta poliantéia, e do jornal que defende os interesses da falange valorosa e altiva dos funcionários da C.D.
Sob o seu concurso firme e luminoso, quais luzes a esparzir radiações dentro da noite, logramos vencer esta etapa da longa jornada que encetamos, se não recamada de adornos literários e de feitura que a fizesse deslumbrante na policrômia, aos menos pintada com as cores do realismo são e invariável. 
ADELINO FRANCO, não é o literato que busca em sua muza inspirações poéticas. É sim, o lidador da pena vibrátil, escorreita, cuja principal preocupação é a de alevantar cada vez mais o bom nome que desfruta  n'uma área grandiosa a Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO, e o seu numeroso corpo de funcionários, baluartes incansáveis do seu progresso.
Os seus artigos pontilhados de ensinamentos, expostos à leitura dos numerosos assinantes d'"A UNIÃO", têm aqui despertado interesse e acatamento invulgares, dado a precisão por que são traçados, sempre enquadrando objetivos preciosos.
Por tudo isso, e, por mais inúmeros motivos que dar-me-iam inspiração a redigir diversas colunas sobre sua pessôa, vejo-me no gratíssimo dever de fazer lhe estas linhas cheias de palidês, para de envolta ao seu cliché, aplica-las como vinhetas esplendidas.
CORREA E SILVA
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FUNCIONÁRIOS DISTINTOS
 
Resplandecem nesta pagina em dois ótimos apanhados fotográficos, o operosos funcionários da ESTRADA: dr. ALEXANDRE C . COCOCI, ilustrado Chefe da Linha, que, desde a sua entrada para o alto posto que exerce, tem demonstrado competentíssimo em todas as suas atribuições, procurando sempre dar à sua secção um cunho de excelente administração. 
Dr. ALEXANDRE COCOCI, é um desses espíritos bem formados, cuja inteligência radiosa não se localisa somente na periferia dos empreendimentos. É um desses homens ideados por Carlyle, a quem a Providencia o galardôa com sôpros vivificantes, na nobilíssima ambição do saber e da virtude.
E com esses dotes preciosíssimos, s. s. logrou destacado lugar no meio ferroviário cedêano e no escól de DOURADO.
À sua direita está o sr. DOMINGOS FRONTEIRA, secretario da Chefia da Linha, que valiosos serviços tem prestado à ESTRADA, sob aplausos dos seus chefes, que veem em s. s. o funcionário zeloso e correto. De pé, o sr. EDMUNDO ROIZ, esforçado auxiliar do Escritório da Linha.
 
No cliché abaixo, vemos, sentados: à direita, o sr. CARLOS LEMOS, funcionário antiquíssimo da C. D., que exerce o honroso cargo de escriturário da Locomoção, com rara proficiência e retidão. Ao centro, o sr. HERMINIO O. DE SOUZA,  Chefe da Secretaria da Caixa de A. e Pensões da C. D., cavalheiro distinto e senhor exemplar de conduta, predicados que o torna acatado pelos seus chefes e colegas.  À sua esquerdao sr. HERCULANO DE ANDRADE, escriturário da Superintendência, cargo em que se vem desenvolvendo ativamente. Sobre os seus dotes cavalheirescos furtamo-nos de dizer porque, tais, ele os possue. De pé, os jovens DILERMANDO C. ARAUJO e JOSÉ GULLA NÉTO, datilógrafos da Superintendência e da Secretaria da Caixa de A. e Pensões, respectivamente; ambos muito prometem vencer os embates da vida com galhardia, dado aos seus belos comportamentos e dedicação no serviço.
C.S.
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A fotografia ao lado, mostra-nos um dos trechos em construção da Estrada de Ferro Novo Horizonte, que partindo de Ibitinga, passa por Borborema e alcançará a cidade que lhe empresta o nome, num percurso de 70 quilômetros.
S. Paulo progride de minuto em minuto. 
   
 
 
 
 
 
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Dois bélos flagrantes da magestosa estação de JAHUADOURADO, apanhado por ocasião
de uma vista que ali fizeram os srs. drs. WALDERICO VÉRAS e A. C. COCOCI
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Já em 1918, a Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO, tinha excelente corpo de funcionários. No cliché vê-se um grupo de ferroviários, em redor do sr. MIGUEL PLACERES e outros altos chefes. 
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O cliché acima representa-nos um grupo de funcionários da C. D., fotografado em 1908.
Ao centro vemos os sr. ANTONIO SIMÕES, chefe das oficinas.
 
ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS

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