sábado, 11 de abril de 2020

CASA DOS PAPÉIS-242: A NOSSA REVISTA - Parte 1

 
 

" A NOSSA REVISTA "
Todos os esforços para espiritualisação, devem merecer o nosso apoio`.
É por este motivo que não me neguei a escrever estas desataviadas linhas de incentivo aos nobres moços que trabalharam para a fundação da "A NOSSA REVISTA", que além de cuidar dos assuntos ferroviários, apresenta composições literárias, etc.
Estes criteriosos moços, foram incitados à fundação da presente revista impelidos por muitos nobres fins, como o da união da classe dos ferroviários e da espiritualisação dos jovens de DOURADO, por meio de sua consagração aos assuntos literários.
Teríamos um grande resultado, para o nosso país, se este exemplo apresentado pelos fundadores desta revista, fosse imitado, se todos compreendessem que uma união das classes, e que com um fim nobre, a espiritualisação dos homens são motivos de grande valor, para a elevação dos povos, que decaem, quando nêles predomina a indiferença para com o espirito.
Não devemos ser indiferentes, diante da idéa dos nossos ardorosos, que, tiveram a bela iniciativa de organisarem uma revista que tem o fim da pratica de uma das bélas virtudes humanas, a fraternidade, e a elevação da parte superior do ser humano por meio dos trabalhos da inteligência e das composições literárias.
Devemos empregar as nossas energias para que este trabalho a favor da fraternidade, não esmoreça e. pelo contrario, se revigore, como, também, para que este desejo da nossa elevação mental que estes moços pretendem incentivar, seja premiado com os mais bélos frutos.
A fraternidade dos homens, deve ser apoiada por todos os espíritos elevados, acima da matéria, por todas as almas, que se afastam, além das baixezas deste mundo, que aspiram pela vida superior, para que fomos creados por Deus.
Devido a falta de fraternidade dos povos, é que a Humanidade está atirada na espantosa decadência, em que a vemos prostada, de que, não sairá,  apezar dos esforços dos sociólogos e economistas, enquanto, néla perdurarem as sentimentos do egoísmo e de indiferença, para com os seus semelhantes.
Nésta época, em que a Humanidade está apegando-se ao materialismo destruidor, que é a causa  do abatimento das sociedades, o desejo dos nobres promotores desta revista, que é cuidar dos assuntos espirituaes, cheios de elevação de vistas, merece um grande incentivo, e os nossos maiores apoios.
Devemos cuidar da união entre os homens e as classes sociais, com fins elevados, como o dizem pensadores eminentes, devemos ter grande zêlo pela virtude da fraternidade, ensinada por Jesus Cristo, que nos deu bélos exemplos da pratica da mesma e cuja imitação, poderia modificar a nossa vida presente, acabando com as guerras, as revoluções, a exploração da pobreza, a miséria dos países, que causadas pelo egoísmo e a desunião.
Nesta época, em que, estamos recebendo as amargas lições da vida materialista, com as falências, sem numero, com a miséria dos povos, com o esmagamento das nações, pelo abandono das idéas superiores, voltemos as nossas energias para a espiritualisação das raças, para a elevação mental, dos homens, as quais serão as bases da grandeza dos povos, segundo grandes pensadores.
Precisamos cuidar da parte material, da nossa vida, do nosso corpo, da nossa matéria; necessitamos cuidar da aquisição dos bens materiais, do conforto durante as nossas existências, mas, não devemos descurar da parte superior do nosso sêr, do nosso espirito, que é a prte imortal do homem, e que foi creado com destinos superiores à matéria, como nos convenceremos se nos apegarmos aos estudos filosóficos.
Não devemos ser extremistas, nem nos consagrarmos somente, à matéria corruptível, como o fazem os materialistas que arruinaram o mundo, com o seu desiquilíbrio mental, nem como os espiritualistas exagerados, que, somente cuidam dos seus espíritos, e do cultivo das suas faculdades mentais, e, passam dias amargosos, na maior dependência, e muitas vezes, têm na mais negra  miséria, como uma consequência, pelos bens materiais.
Precisamos ter um grande equilíbrio, na nossa maneira de pensar, não nos apegando  ao materialismo reinante que, somente, cuida do poder, do dinheiro, e do gozo presente, e que põe, em segundo plano, a elevação mental do homem, a fraternisação dos povos, que poderiam estirpar a desgraça que nos acabrunha, os caneros que esfacelam as nacionalidades.
Devem merecer os nossos aplausos, os srs. ALEIXO CORRÊA E SILVA e ADELINO FRANCO, respectivamente Diretor e Redator, pela formosa iniciativa que tiveram, fundando a presente revista, que tem os nobres fins de estreitar os laços de solidariedade da classe ferroviária, e a elevação dos espíritos dos jovens da sociedade DOURADENSE.
No louvável intuito de decorar a primeira pagina da "A NOSSA REVISTA", muito bem se houveram, em estampar o retrato do esforçado e digno Superintendente, Dr. WALDERICO C. VERAS, significando a homenagem que desejam prestar.
Devemos esperar que a sociedade DOURADENSE, gentil como é, saberá dar um grande apreço à formosa iniciativa dos jovens que citamos, e não os deixará esmorecer na tarefa do altruísmo, que os mesmos encetaram, no lindo campo das letras.
GODOFREDO AUGUSTO DE PADUA E CASTRO
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VULTOS INESQUECÍVEIS
Reproduzem os clichés acima, dois grupos apanhados no dia 5 de Novembro de 1931, na ocazião em que estiveram nesta cidade, para assistir uma reunião da Caixa de Aposentadorias, os srs. ARISTIDES MARCONDES DE SOUZA, ALFREDO CARVALHO BRAGA  e dr. ALEXANDRE PUECH, respectivamente Chefe do Escritório Central e Contador da Cia. DOURADO e o Consultor Jurídico daquela Caixa.
Para aproveitar a sua estadia em DOURADO, foram Sa. Ss. convidados pelo dr. WALDERICO C. VERAS, digno Superintendente da C.D. a visitarem diversos departamentos da ESTRADA e a cachoeira do BEBEDOURO, recentemente adquirida pela Cia. DOURADO.
O primeiro grupo representa os srs. dr. WALDERICO C. VERAS, ARISTIDES MARCONDES DE SAOUZA, ALFREDO C. BRAGA, dr. ALEXANDRE PUECH, respectivamente Superintendente, Chefe de Escritório Central, Contador, Consultor Jurídico da Caixa de Aposentadorias. e Pensões, todos os Chefes de serviço da ESTRADA, e também o sr. JOÃO SALES,  Chefe do Movimento.
O segundo cliché, representa as mesmas pessoas e mais o Encarregado da Caixa de Aposentadorias e Pensões, sr. HERCULANO O. SOUZA, que estão sobre o girador de locomotivas de DOURADO.
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Na história da Cia. DOURADO, nomes existem que nunca se pode esquecer, não só pelas pessoas que representam, mas também pelos relevantes serviços que es'as prestaram e vêm prestando.
Entre estas brilhantes figuras, verdadeiros propulsores do engrandecimento da C.D., fazemos surgir o sr. ALFREDO C. BRAGA, incansável e esforçado Contador, e ainda o sr. ARISTIDES MARCONDES DE SOUZA, dotado de caráter integro, individualmente sã, coração generoso e justiceiro, virtudes estas que, embora encobertas pela sua inconfundível modesta, granjearam-lhe o mais alto gráo de estima de todos os funcionários da C.D.
Outro nome que, com o máximo prazer, citamos, é p dp dr. ALEXANDRE PUECH, o fundador da Caixa de Aposentadorias e Pensões, onde já também prestou os seus melhores serviços como Gerente, Chefe da Secretaria e Consultor Jurídico.
Excusado se torna realçar quaisquer das qualidades que caracterizam a pessoa do dr. ALEXANDRE PUECH, porquanto, todos nós, já bem o sabemos que foi ao amparo  valioso dos seus incansáveis trabalhos, que nasceu e deu seus primeiros passos para a organisação perfeita que hoje se vê, a grande sociedade de beneficência dos ferroviários da C.D., Caixa de Aposentadorias e Pensões, já bem o sabemos também, o coração magnânimo que vibra com toda a sensibilidade de sua elevada alma; já bem o sabemos ainda, a luz benéfica que se irradiou daquele brilhante intelecto, para a ótima orientação jurídica da Caixa de Aposentadorias, cuja diretriz, em seus nove anos de existência, obteve sempre plena aprovação do Conselho Nacional do Trabalho.
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Assim pois, cumprimos o grato dever de declarar  de nos sentirmos honrados e orgulhosos por dirigir a "A NOSSA REVISTA", que pertence a uma classe que tem em seu meio, elementos de tão elevada distinção.
C.e S.
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OS INCANSAVEIS
A Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO, dadiva grandiosa do super-homem CIRO MARCONDES REZENDE às populações da zona a que serve, de tempos a esta parte  tem experimentado sensíveis desenvolvimento. Quando administrada por aquele saudoso patrício roubado à humana lida pela morte implacável, a sua marcha tinha um fim mais de avançamento de trilhos do que modernizador. A sua vontade imperecível era a de ver os seus trens avançarem sertão adentro, rompendo todas as dificuldades, embora com pessoal diminuto.
E venceu.
Sob as suas vistas a C.D. chegou a Itápolis, Ibitinga e Bariri, cidades que a quatro lustros mais ou menos não possuíam tão importante meio de transportes.
Ação portentosa foi a sua.
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Hoje, a C.D. é outra, em comparação bem analisada.
Os clichés que ilustram esta pagina, são uma das provas do que afirmamos. Nelês, vemos: ao centro, sentados o ilustre dr. WALDERICO C. VERAS, ladeado pelo sr. JOSÉ PLACERES esforçado Chefe das Oficinas; atrás, de pé, os srs. ROMÃO LUCENA, JOSÉ FERREIRA, DOMINGOS PIZANI, ARTUR f. IZABEL, DOMINGOS SALVADOR e JOÃO GREGORIO; na plataforma do carro, os srs. CARLOS LEMOS, JOSÉ CASEMIRO, GUILHERME MURBACK, ROBERTO FANTINI, DIONISIO MURBACK e LEONARDO RUSSO, dedicados e conceituados chefes de secções que exercem nas oficinas atividades profícuas.
Em baixo, veem-se o numeroso e inteligente corpo de operários do grande departamento mecânico da C.D.
Todas essas figuras que ornamentam esta pagina d' "A NOSSA REVISTA", constituem a legião dos INCANSAVEIS obreiros do progresso da Cia. ESTRADA DE FERRO DO DOURADO.
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 ARQUIVO: CASA DOS PAPÉIS
     
 
 

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